Criança foi sepultada no Cemitério Nossa Senhora de Belém (Corte Oito), em Duque de CaxiasDivulgação
Rio - O corpo de G.S, de 3 anos, baleado em um ataque contra o tio, policial militar, foi sepultado no fim da tarde desta sexta-feira (1º), no Cemitério Nossa Senhora de Belém (Corte 8), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O velório teve início às 16h e reuniu familiares da criança. A mãe do menino, Priscila Gonçalves Sampaio, de 37 anos, que acabou baleada no atentado, segue internada em estado gravíssimo no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes.
Nas redes sociais, moradores do Parque Fluminense, onde o crime aconteceu, relatam um aumento expressivo da violência na região no último mês. "Infelizmente, o bairro está abandonado. Ainda estamos nos recuperando emocionalmente de outra tragédia, em que dois moradores foram mortos. Agora temos que suportar mais essa brutalidade. O Parque Fluminense pede socorro", escreveu uma moradora.
O Conselho Comunitário de Segurança Pública de Duque de Caxias também reforçou a urgência da situação. "A dor é coletiva e exige não apenas palavras, mas ações imediatas, firmes e estruturantes.
Reconhecemos a importância de manifestações públicas de solidariedade por parte do poder executivo municipal, mas reiteramos: o momento exige mais que notas oficiais — exige atitude, investimento e presença concreta nas áreas mais afetadas. A criminalidade em Duque de Caxias tem crescido de forma alarmante, e não é mais possível tratar tais ocorrências como episódios isolados".
Reconhecemos a importância de manifestações públicas de solidariedade por parte do poder executivo municipal, mas reiteramos: o momento exige mais que notas oficiais — exige atitude, investimento e presença concreta nas áreas mais afetadas. A criminalidade em Duque de Caxias tem crescido de forma alarmante, e não é mais possível tratar tais ocorrências como episódios isolados".
O crime
No ataque desta quinta-feira (31), o alvo era o policial Alexandre Gonçalves Sampaio. O crime aconteceu por volta das 16h30, quando homens armados em um VW Polo prata pararam em frente à casa da vítima e começaram a atirar.
Imagens de câmeras de segurança mostram a irmã do PM, Priscila Gonçalves Sampaio, de 37 anos, entrando em um carro vermelho no momento em que foi surpreendida pelos criminosos. Ela acabou baleada, assim como seu filho, de 3 anos, que estava no banco de trás. A criança não resistiu e morreu.
Imagens de câmeras de segurança mostram a irmã do PM, Priscila Gonçalves Sampaio, de 37 anos, entrando em um carro vermelho no momento em que foi surpreendida pelos criminosos. Ela acabou baleada, assim como seu filho, de 3 anos, que estava no banco de trás. A criança não resistiu e morreu.
O PM reagiu, e os criminosos fugiram. O carro usado no crime foi abandonado nas proximidades da entrada da comunidade do Curral, também em Duque de Caxias. Durante a troca de tiros, um dos suspeitos foi baleado. Caiky de Assunção Barbosa, de 20 anos, deu entrada no hospital com ferimento no tórax. Ele está internado sob custódia, em estado estável.
Conforme apurado pelo DIA, o ataque teria relação com a expansão territorial do tráfico em Duque de Caxias. Devido a essa linha de investigação, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), chegou ao nome do traficante Jhonata Hyrval Cassiano da Silva, de 28 anos, conhecido como Bochecha Rosa. Ele passou a ser apontado como o principal suspeito de ter ordenado a execução do PM.
Integrante da facção Comando Vermelho (CV), o criminoso atua na Comunidade Corte Oito, no bairro Lagoinha, mas tenta expandir seus domínios para outras áreas do município.
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