Atos em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram realizados em várias partes do Brasil neste domingo (3). No Rio de Janeiro, a concentração aconteceu na orla de Copacabana, na Zona Sul. Um dos organizadores foi o senador Flávio Bolsonaro, filho de Bolsonaro, que discursou e chegou a colocar brevemente o pai no viva-voz do telefone para falar para o público no Rio.
O ex-presidente não pode participar da manifestação por conta das medidas cautelares impostas pelo STF desde o dia 18 de julho, entre as quais usar tornozeleira eletrônica e um recolhimento domiciliar aos fins de semana.
"Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa libertado, estamos juntos. (...) Obrigado a todos. Sempre estaremos juntos!", disse.
Veja o vídeo:
"O que tem acontecido no Brasil é fruto de toda perseguição de Alexandre de Moraes, que, para a vergonha brasileira, é uma autoridade sancionada pela maior democracia do mundo. As pessoas não podem fingir que o Brasil está em normalidade, porque não está. E quem está aqui hoje, em Copacabana, e quem está nas ruas de todo o Brasil está vindo nos ajudar. Esse é o momento de resgatar nossa liberdade e buscar a normalidade no Brasil", disse o senador Flávio Bolsonaro durante discurso.
O ato em Copacabana, que ocupa dois quarteirões da avenida Atlântica, contou com a presença do governador Cláudio Castro (PL), o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
Para compensar a ausência do ex-presidente nas ruas, familiares dele participam em diferentes cidades. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro(PL) está em Belém, reforçando os atos na região Norte.
Essa é a primeira manifestação pró-Bolsonaro após o anúncio de sanções dos Estados Unidos ao Brasil, estimuladas por um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O governo de Donald Trump alegou que Bolsonaro sofre uma "caça às bruxas" e impôs tarifas de 50% às importações brasileiras, além de sancionar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky.
Bolsonaristas avaliam que o momento é oportuno para a manifestação por causa da punição Moraes, o que, segundo eles, reforça a narrativa de que o ministro promove censura e perseguição política no Brasil.
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