A gravidez de Vera Lúcia não foi planejada. Levei um susto, afirmaDivulgação

Um período de gravidez tranquilo é tudo que toda futura mamãe quer ter, antes do nascimento do bebê. Desta forma, é importante as gestantes estarem atentas às orientações médicas para realizar um pré-natal que garanta gestação e parto sem complicações, orientam os especialistas.Neste sentido, as mães e seus familiares têm à disposição nas maternidades da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) serviços humanizados para levar cuidado, apoio e qualidade durante essa fase da vida. Maior rede de UTI neonatal das redes pública e privada com 53 leitos, o Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart (HMulher), em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, é o primeiro da rede estadual totalmente especializado em gestação de médio e alto riscos. As gestantes na unidade, em sua maioria com diabetes e hipertensão, passam por atendimento pré-natal multidisciplinar.

Moradora de Duque de Caxias, a professora Vera Lúcia de Souza Araújo, de 42 anos, está na reta final da gravidez da sua primeira filha, Aísha. Fez todo o pré-natal no HMulher logo que descobriu que estava grávida.

"Minha gravidez não foi planejada, foi um susto enorme. Precisei muito do serviço psicológico porque tinha ansiedade. Além disso, sou hipertensa desde os 17 anos e isso me preocupava demais", disse Vera, que foi acolhida pela equipe multidisciplinar do pré-natal.
"Logo nas primeiras consultas, tive a indicação de perder 13 quilos. Eu estava com 118 quilos no início da gravidez. Foi fundamental para que eu tivesse uma gestação tranquila", completou Vera.

A equipe de pré-natal da unidade reúne médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, dentistas e assistentes sociais. A gestante é acolhida de acordo com a sua classificação de risco durante o pré-natal, tendo as consultas e exames agendados ao longo da gestação. A rotina inclui ainda a participação em oficinas semanais para esclarecimentos de dúvidas.

Temas das oficinas

Os temas abordados nas oficinas incluem os cuidados pós-parto, o vínculo afetivo entre a mamãe e o bebê, os benefícios da amamentação, os direitos da gestante durante o parto, entre outras dúvidas. O enfermeiro Marcos Cavalcante faz parte da equipe que faz as palestras.

"É um momento muito importante para as gestantes e suas famílias. Durante a conversa informal, temos a oportunidade de tirar as dúvidas e dar o apoio necessário, incluindo os momentos após a volta para casa", esclareceu o enfermeiro.

O obstetra Gabriel Vasconcellos orienta com alguns cuidados que devem ser observados pelas gestantes antes e depois do parto.

"Os cuidados do pré-natal devem começar, preferencialmente, antes da gravidez. É fundamental que as gestantes com hipertensão e diabetes recebam atenção especial para garantir a saúde tanto da mãe quanto do bebê. Além disso, aqui no HMulher, temos a equipe multidisciplinar, tornando o processo mais completo. Após o parto, o momento 'hora de ouro' é crucial para fortalecer o vínculo da amamentação entre mãe e bebê", afirmou o obstetra Gabriel Vasconcellos.

Ansiosa para ver o rostinho

Perto de completar nove meses, a técnica de enfermagem Cíntia Valéria Fernandes Muniz, de 37 anos, está ansiosa para ver o rostinho do primeiro filho, Nicolas. Durante a gestação, foi acompanhada pela equipe do HMulher para controlar a diabetes e a hipertensão.

"Gostaria de aproveitar o Dia da Gestante para pedir que todas as mamães façam o pré-natal. Nunca saberia do meu estado de saúde se não fossem as consultas. Pude acompanhar de perto o desenvolvimento do neném também. Aqui, fui muito bem recebida e sei que terei um parto tranquilo", afirma Cíntia, referindo-se ao Dia da Gestante que é celebrado em 15 de agosto.

Além do Hospital da Mulher, a rede estadual de saúde possui outras três maternidades especializadas no atendimento humanizado: Hospital Estadual da Mãe (HMãe), em Mesquita; Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), em Niterói; e Hospital Estadual Estadual dos Lagos – Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema. As três unidades são hospitais de 'portas abertas', que aceitam pacientes ao darem entrada na emergência e contam com UTIs neonatais. O HMulher registrou, no primeiro semestre deste ano, o total de 2.081 partos.