Rio - O MEIA HORA comemora 20 anos nesta sexta-feira (19). Duas décadas de muita informação, prestação de serviços, irreverência, capas marcantes e amor pelo Rio. Publicado pela primeira vez em 19 de setembro de 2005, o jornal logo conquistaria um público fiel, atraído por linguagem inovadora, manchetes cheias de bom humor, espaço privilegiado para cobertura policial e dos times cariocas e, ainda, seções especiais, como a 'Gata da Hora' e as colunas 'Babado' e 'Muito Prazer, Alceu Dispor'.
Tudo isso, aliado ao preço acessível, fez com que o MEIA HORA se consolidasse no primeiro lugar de vendas em bancas no estado do Rio de Janeiro e o quinto no país, de acordo com dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC), que audita esse mercado.
Nuno Vasconcellos, chairman do Grupo O DIA de Comunicação, reforça o compromisso do jornal com o Rio. "O MEIA HORA completa 20 anos como um fenômeno único do jornalismo brasileiro. Suas capas irreverentes viraram referência cultural, sua linguagem próxima conquistou o povo do Rio, e sua força o consolidou como o jornal mais vendido da cidade e um dos maiores do país."
Nuno Vasconcellos, chairman do Grupo O DIA de Comunicação, do qual o MEIA HORA faz parteArquivo O Dia
Para o editor-chefe Edmo Junior, o jornal é sucesso por colocar o leitor sempre em primeiro lugar. Segundo ele, é preciso entender e falar a língua do povo para informar melhor. E assim "tiroteio vira 'pipoco' e facção criminosa é 'bonde pesadão'. Polícia não faz operação, 'dá sacode', e cadeia fica melhor como 'tranca', 'jaula' ou 'xilindró'", como as gírias faladas nos botequins, trens, ônibus e feiras do Rio.
"O MEIA HORA é o 'puro suco' do Rio de Janeiro, refletindo o cotidiano da população carioca de forma bem genuína. O MEIA HORA conhece os gostos e a linguagem do povo, além de ser uma espécie de porta-voz para aqueles leitores indignados com os problemas e a violência que afetam suas vidas. Mas também temos notícias leves para relaxar. Fazemos também com que o leitor tenha assunto para conversar com os amigos. Não basta ser bonito e divertido por fora, ou seja, na capa, é preciso ter conteúdo", destaca Edmo.
Leitores nas ruas
Dono de uma banca de jornal há 40 anos na Praça das Nações, em Bonsucesso, na Zona Norte, Augusto Sarro, 60, diz que o MEIA HORA fez sucesso entre os leitores desde o lançamento e continua sendo o mais procurado até os dias de hoje.
"Quando ele chegou nas bancas, já foi bastante aceito. Aquelas frases divertidas na capa, a foto da Gata da Hora sempre chama muita atenção, então as pessoas paravam para ver e acabou se tornando muito popular. E o MEIA HORA sempre agradou todos os públicos, não agrada só um leitor específico, é do jovem ao idoso, todo mundo lê", elogia o jornaleiro.
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Cliente assíduo da banca, o português Ramiro dos Santos, de 81 anos, conta que lê o jornal todos os dias. "Desde que apareceu, eu leio o MEIA HORA. Acho um jornal muito prático, passo meu tempo com ele e ainda empresto para o meu vizinho. A gente lê rapidinho e já estamos informados, é uma linguagem fácil. Gosto de ver sobre o futebol, porque sou flamenguista, dou risada com as manchetes, sempre vejo a Gata da Hora, também", conta o aposentado.
O pintor Elias Carvalho, 40, também passa na banca diariamente para garantir o jornal antes de ir para o trabalho. "Eu leio o MEIA HORA desde quando ele começou, todos os dias. Gosto muito do esporte, de ver as notícias do Mengão, dos times que estão perdendo, dar risada com as manchetes."
Nas bancas de Cristiano Oliveira e Joseph Angresano, na Avenida Rio Branco, no Centro, a comemoração pelos 20 anos teve direito a bolo e vela. "É um jornal que se tornou a voz do povo, até pelo preço, pela leitura rápida, pelas manchetes. O pessoal acha bem legal", exalta Cristiano. "O pessoal compra o MEIA HORA para ler no caminho do trabalho, no banco da praça. Quando vem com aqueles títulos diferenciados, sai mais, principalmente quando é relacionado com futebol", completa Joseph.
O técnico de eletrônica Paulo Gomes, 56, não esconde a preferência. "Eu consigo ler no caminho para o trabalho e fico bem informado. Gosto de tudo no jornal, vejo as principais notícias, os resultados do futebol, dou uma olhada na Gata da Hora. É um jornal que fala a língua do povo, vai direto ao assunto."
Com a rotina corrida, a diarista Celeste Queiroz, 48, conta que nem sempre tem tempo para acompanhar o que acontece no Rio, mas que o jornal a atrai. "Eu adoro o humor do MEIA HORA, às vezes paro para ver a notícia só por causa da manchete. Eu sempre passo pela banca e dou uma olhada para ver qual vai ser a do dia. É um jornal muito bom, nem sempre dá tempo de se atualizar sobre tudo o que está acontecendo, e por ele ser mais rapidinho, consigo ficar por dentro das notícias".
Nunca foi tão fácil ler jornal
Criado com o slogan "Nunca foi tão fácil ler jornal", o MEIA HORA segue focado em noticiar o que verdadeiramente importa para a população. "Se a digitalização da informação do século 21 abriu espaço para todo mundo compartilhar o que quiser na internet, inclusive fake news, o jornal impresso tem como obrigação levar ao leitor uma informação de qualidade, com responsabilidade, transparência, credibilidade e veracidade. O leitor compra um exemplar do MEIA HORA por R$ 1,50 com a vantagem de estar livre de qualquer 'fake news', ressalta o editor-chefe.
Edmo Junior aponta que, aliado à tecnologia, o jornal consegue informar o leitor com ainda mais rapidez, por meio do seu site, dando liberdade para que a edição impressa chegue ainda mais dinâmica às bancas no dia seguinte. Desde 2020, a redação do Grupo O DIA de Comunicação passou a atuar em conjunto, integrando as versões impressas de O DIA e MEIA HORA com o ambiente online dos dois jornais.
Capas que viram referência
Ao longo de duas décadas, o MEIA HORA se tornou popular não só no Rio, mas em todo o país, por causa principalmente das capas com sátiras e trocadilhos. Uma delas rendeu o Prêmio Esso de Jornalismo na categoria Primeira Página, com o "Não vai ter capa", da edição publicada em 9 de julho de 2014, dia seguinte à eliminação da Seleção, na semifinal da Copa do Mundo do Brasil, com a derrota para a Alemanha por 7 a 1. O título faz referência à frase "Não vai ter Copa", muito usada nos protestos que antecederam a competição.
Outras manchetes que ficaram na memória dos leitores são: "Fátima abandona Bonner e vai fazer programa", de quando a jornalista deixou o Jornal Nacional para apresentar o programa Encontro; "Luana não tem mais Dado em casa", sobre a separação da atriz e de Dado Dolabella; "Adriano vai pra Copa", com a foto do jogador chamando um ônibus que vai para Copacabana; e "Leite tá salgado e só a nata da sociedade bebe. Preço tem que baixar nem que a vaca tussa", abordando a alta do preço da bebida, sendo elogiada por Ana Maria Braga em rede nacional, entre muitas outras.
"Os títulos do MEIA HORA são muito bons, principalmente da parte esportiva. As matérias são muito boas, os textos sem 'firulas', é rápido de ler", elogia o correspondente bancário Luan Garcia, 29. "Eu curto muito a parte do esporte, leio todo dia, sou Vasco, mas já dei uma olhada na parte do Fluminense para dar uma agourada", brinca.
Para além do humor, o MEIA HORA trouxe capas sensíveis em assuntos que impactaram o Brasil, como a tragédia com o avião da Chapecoense, a morte da cantora Marília Mendonça, e o massacre de Realengo, com os nomes dos 12 alunos mortos no atentado na Escola Municipal Tasso da Silveira. Manchetes de cunho político também se destacam na história do jornal, entre elas a "Celas, a revista dos presos VIPs", uma paródia da revista "Caras" para manchetes sobre prisões de políticos famosos.
Querido pelo famosos
A cobertura do mundo das celebridades também sempre foi uma marca do jornal, que publica diariamente a coluna "Babado". Renata Frisson, a eterna Mulher Melão, relembra sua relação com o MEIA HORA. "Nunca imaginei que a revista Gata da Hora [projeto especial publicado pelo jornal] mudaria minha vida no ano de 2008. E acho que fui a recordista de capas do jornal", brinca. "O MEIA HORA foi muito importante na minha trajetória, um divisor de águas na minha vida. E me apaixonei muito por ver a identificação popular dele. Lembro que eu andava pelas ruas do Rio de Janeiro e, diariamente, via as pessoas conectadas com o jornal, lendo na calçada, dentro do ônibus, dentro da padaria, em situações do cotidiano, e isso me encantou. Quando tinha o meu rosto estampado na capa, eu me sentia muito feliz, porque sabia que estava alcançando a grande massa", acrescenta.
Rainha de bateria da União da Ilha, Gracyanne Barbosa diz que tem um "carinho enorme" pelo jornal. "Já estive nas capas várias vezes e sempre fui recebida com muito respeito e bom humor, que são as marcas registradas do jornal. É uma honra fazer parte dessa história que diverte, informa e se conecta com tanta gente do nosso povo. Desejo muitos anos de sucesso, irreverência e alegria."
O promoter David Brazil também faz parte da história do MEIA HORA, onde assinou uma coluna por cerca de 15 anos. "Para mim, foi um prazer, uma honra fazer parte desse jornal. Eu amo essa coisa popular, o povão. Acho que tive o privilégio de ter coluna desde o primeiro exemplar, que era um sucesso. Principalmente o 'Bofe da semana', que era tanto bofe que queria sair. Era um babado. Depois, veio o 'Bofe e biba da semana'. Acho que o MEIA HORA fez história, e espero que venham mais 20 anos. É um jornal diferenciado. Todo mundo gosta. As manchetes de capa são ícones. Até hoje muita gente comenta. Me sinto feliz de fazer parte desse jornal tão popular, maravilhoso, divertido. Até as tragédias vão com um tom mais leve."
O cantor Zeca Pagodinho destaca a popularidade do jornal: "O MEIA HORA é um jornal do povo, tem a cara do Rio de Janeiro. Parabéns por estes 20 anos." Xande de Pilares também torce pela longevidade do periódico. "Parabéns, MEIA HORA, por mais um aniversário. Fico feliz por fazer parte desta história. Vida longa."
Dono de sucessos como "Porradão" e "Modo Avião", Tiee recorda o alcance de uma reportagem recente sobre ele no jornal. "O MEIA HORA publicou uma matéria linda comigo. Recebi várias mensagens elogiando. Parabéns pelos 20 anos. Que Papai do Céu dê mais 20, 30, 40 anos."
A cantora Tati Quebra Barraco cita o espaço que o funk tem nas publicações. "Parabéns pelos 20 anos. Também quero agradecer por tudo o que o jornal vem fazendo pela nossa população, pela nossa cultura, pelo nosso funk, pela Tati Quebra Barraco, pelas matérias, notícias. É muito gratificante."
Vocalista do grupo Pixote, Dodô também dá seu recado: "O MEIA HORA é muito importante no Rio e sempre esteve aberto para o pagode. Principalmente para o Pixote. Desejo vida longa à todos que fazem parte da equipe."
Ídolos do esporte, outra grande bandeira do jornal, também fazem questão de homenagear o jornal, como o ex-jogador Zico, maior nome da história do Flamengo. "Quero parabenizar a todos que passaram pelo jornal MEIA HORA levando informação para os cariocas, principalmente com as notícias do nosso esporte, e que venham mais 20 anos pela frente”. Valdir Bigode, ídolo da torcida do Vasco, também festeja. "Deixo o meu abraço, meu carinho e meu respeito para todos vocês que trabalham no MEIA HORA. Parabéns pelos 20 anos de história."
"Parabéns para toda a direção, todos os componentes que vestem essa camisa. Que Deus continue abençoando e que possa prosperar ainda mais. Parabéns por esse tempo, dando notícias interessantes, notícias sérias, principalmente as esportivas", comemora o ex-goleiro Wagner, campeão brasileiro pelo Botafogo em 1995.
Thiago Neves reforça o time dos leitores ilustres: "Agradeço a todos responsáveis por terem me cedido, em algum momento, espaço nas capas ou matérias no período em que joguei pelo Fluminense e Flamengo, seja com gols ou títulos". "Meus parabéns pelos 20 anos de existência. Deus abençoe a todos", completa Reinaldo, ex-atacante do Flamengo e atual técnico do Maricá.
Governador e prefeito enviam mensagens
O governador Cláudio Castro também deixa uma mensagem especial. "Meus parabéns ao jornal MEIA HORA, que completa 20 anos de uma história de inovação, irreverência e total conexão com a linguagem da nossa população. Seus títulos históricos, recheados de bom humor, marcaram não só a comunicação do Estado do Rio de Janeiro, mas também a maneira como os fluminenses se comunicam nas últimas duas décadas. Além disso, seu formato curto e de fácil leitura também se adapta a energia do nosso povo, que mesmo sempre atarefado, encontra tempo para se informar, acessar lazer e manter seu senso crítico."
O prefeito Eduardo Paes faz coro: "Com suas capas e manchetes que fogem ao tradicional, o MEIA HORA se consolidou como um jornal conhecido pela irreverência, uma marca do espírito do carioca. São 20 anos informando a população sobre as principais notícias da Cidade Maravilhosa de um jeito totalmente peculiar. Meus parabéns aos profissionais por essa relevante marca. E que venham mais 20 anos de informação irreverente.”
Presidente do Grupo O DIA de Comunicação, Thiago Feitosa celebra a data, destacando a forte ligação do jornal com a cidade e o estado. "São 20 anos de uma história que faz parte do dia a dia de quem vive no Rio de Janeiro. Chegamos até aqui porque soubemos evoluir sem perder nossa essência. Hoje, investimos em novas plataformas e formatos, mas seguimos com a mesma missão: informar com leveza, humor e proximidade."
O diretor de Redação do Grupo O DIA, Bruno Ferreira, celebra a trajetória do jornal. "É com muito orgulho e imensa felicidade que celebramos os 20 anos do MEIA HORA. Um veículo que marcou gerações com sua linguagem popular, irreverente e sempre próxima do povo. Tive o privilégio de acompanhar de perto a criação desse projeto tão único e inovador e é emocionante ver até onde ele chegou. Que venham muitos anos mais de informação, humor e coragem."
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