Cartaz do Disque Denúncia por informações sobre Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 22 anosReprodução
Rio - Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 22 anos, apontada como mandante do assassinato de Laís de Oliveira Gomes Pereira, executada com um tiro na nuca, na frente do filho de 1 ano e 8 meses, em Sepetiba, na Zona Oeste, já teria mudado de visual a fim de dificultar sua localização.
"Recebemos a informação de que ela estaria em Imbariê [em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense] e teria cortado o cabelo. Já não está mais loira, está morena; o cabelo está mais curto. Os policiais já sabem disso e estão à procura dela", disse ao DIA o delegado assistente da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Robinson Gomes, responsável pelas investigações, que já resultaram nas prisões de Erick Santos e Davi de Souza, outros envolvidos no crime.
De acordo com as apurações da DHC, Gabrielle é a atual companheira do ex-marido de Laís e pai da menina. A procurada estaria obstinada pela criança. “Após a separação da Laís, a filha vivia nas duas famílias [da mãe e do pai]. E a Gabrielle passou a conviver com ela e a nutrir uma verdadeira obsessão pela guarda da menina. Então como a Laís era um obstáculo, ela teve essa ideia macabra de mandar matar a mãe da criança”, acrescentou o delegado.
Nas redes sociais, Gabrielle - que pagou R$ 20 mil a Erick e Davi pela execução - se portava como se fosse mãe da criança. Relatos dão conta de que ela chegou a promover festa de aniversário para rivalizar com outra realizada por Laís. O delegado lembrou que a mulher chegou a dar entrada em um pedido de guarda exclusiva, o que não foi aceito pela Justiça.
"Em princípio, Gabrielle e Laís tinham uma relação amistosa, mas a Gabrielle revelava para as amigas que tinha ódio da Laís e que realmente queria matá-la", afirmou Gomes.
O Disque Denúncia (225311-77) divulgou um cartaz pedindo informações sobre a localização de Gabrielle, contra quem há um mandado de prisão temporária, expedido pelo plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), pelo crime de homicídio qualificado. Ela já é considerada foragida.
Os outros envolvidos
Davi de Souza, responsável pelo disparo, se entregou à polícia nesta segunda (10). Segundo o delegado, ele pediu ajuda da mãe, que ligou para o Disque Denúncia e marcou um encontro. "Ela fez contato com o Disque Denúncia dizendo que o filho estava querendo se entregar. A vontade plena foi do Davi, que depois fez contato comigo, e marcamos um local para ele se entregar", disse Robinson.
Já Erick Santos Maria, que pilotava a moto usada no momento do crime, já havia se entregado na sexta (7). As investigações analisaram imagens de uma câmera de monitoramento da região, que flagrou o momento em que os suspeitos circulavam nas proximidades, antes do crime. A DHC concluiu que o motorista deu auxílio ao responsável pelos disparos, que estava na garupa.
*Colaborou Érica Martin
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