Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 22 anos, deixa sede da DHCÉrica Martin/Agência O Dia

Rio - Gabrielle Cristine Pinheiro Rosário, de 22 anos, apontada como mandante da morte de Laís de Oliveira Gomes, foi transferida da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na tarde desta terça-feira (18), para o presídio em Benfica, na Zona Norte do Rio. Ela se entregou na segunda-feira (17) e passou a noite na sede da especializada. Veja vídeo:
Gabrielle vai passar por audiência de custódia na quarta-feira (19). Contra ela foi cumprido um mandado de prisão por homicídio. Antes, a detida passará por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Na saída da delegacia, Gabrielle manteve o ar frio e o semblante calmo ao ser questionada pelos jornalistas sobre o motivo de ter orquestrado a morte da mãe da enteada. Laís foi morta com um tiro na nuca, na frente do filho de 1 ano e 8 meses, em Sepetiba, na Zona Oeste.
O delegado Robinson Gomes, que solicitou a prisão temporário dela, disse que já esperava esse tipo de comportamento da Gabrielle. "Ela tem um comportamento de psicopata, de querer manipular, controlar e não se abalar emocionalmente", analisou Gomes. Na quarta-feira (19), a DHC vai ouvir uma outra testemunhas e, dependendo do que for apurado, a especializada vai indiciar uma quinta pessoa. O delegado, contudo, preferiu não citar nomes no momento.
Ao todo, três pessoas já foram presas por envolvimento na execução de Laís. Na sexta-feira (14), Ingrid Luiza da Silva Marques, apontada como intermediária entre Gabrielle e os dois executores do crime, foi detida. Ainda na semana passada, Erick Santos Maria e Davi de Souza Malto acabaram presos aos confessar participação no crime. Segundo as investigações, Gabrielle ofereceu cerca de R$ 20 mil pelo assassinato.
Nas redes sociais, a suposta mandante agia como a mãe da filha de Laís. Relatos dão conta de que ela fazia uma espécie de competição e rivalizava o relacionamento das duas, inclusive com festas de aniversário. De acordo com o delegado Robinson Gomes, ela chegou a entrar com um pedido de guarda exclusiva, que não foi atendido pela Justiça.
*Colaborou Érica Martin.