Alerj aprovou uma série de mudanças nos benefícios a policiais civis e penaisDivulgação/Alerj
Alerj aprova aposentadoria integral para policiais civis feridos em operações
Regra se estende às pensões por morte dos agentes. Governador tem até 15 dias para sancionar ou vetar projeto
Rio - Deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovaram, nesta terça-feira (11), a integralidade das pensões por morte e aposentadorias por invalidez, em decorrência de ferimentos em serviço, de policiais civis, penais e agentes socioeducativos. A medida foi apresentada por Cláudio Castro e acabou aprovada em discussão única pelos parlamentares. Agora, o texto segue para o governador, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo.
Conforme o Projeto de Lei Complementar 46/25, os agentes poderão receber proventos integrais calculados com base na graduação superior à ocupada por eles no momento da passagem para a inatividade. O mesmo valerá para os beneficiários de pensão em decorrência de morte do militar no exercício de sua função.
A extensão da integralidade às pensões por morte foi incluída na medida através de emendas parlamentares da Alerj. A proposta altera a Lei Complementar 195/21, que dispõe sobre o regime de previdência social dos servidores civis do estado. Atualmente, a norma prevê que as aposentadorias de todos os funcionários civis sejam calculadas com base em média aritmética simples sobre todas as contribuições dos servidores.
Acréscimo de 20% aos ocupantes do último posto da corporação
Ainda de acordo com a proposta, caso o agente civil de segurança esteja no último posto da corporação durante o acidente ou a morte em serviço, o valor da aposentadoria ou da pensão será acrescido de 20% sobre os vencimentos e demais vantagens dos servidores. A norma ainda determina que os aposentados por invalidez e beneficiários de pensões por morte terão direito aos mesmos benefícios ou vantagens que vierem a ser concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrente da transformação ou reclassificação do cargo ou função.
O valor de 20% sobre os vencimentos caso o agente já estivesse no último posto também foi fruto de emenda da Alerj. O texto original enviado pelo governo do estado previa um percentual de 10%. Todas as modificações incluídas pela Alerj foram para equiparar os benefícios dos agentes civis aos dos militares, que haviam sido aprovados pelo Parlamento em sessão no último dia 5.
Auxílio-invalidez aos agentes de segurança
A medida aprovada nesta terça-feira também regulamenta o auxílio-invalidez aos policiais civis, penais e militares e aos bombeiros militares aposentados ou reformados por incapacidade definitiva. Atualmente, o valor do auxílio é de R$ 2 mil. De acordo com o novo texto, o auxílio terá caráter indenizatório e não prejudicará outras vantagens financeiras da remuneração dos agentes.
Este benefício valerá para os servidores da segurança que, em decorrência de acidente de serviço, adquirirem as seguintes enfermidades: paraplegia; tetraplegia; paralisia irreversível e incapacitante; amputação de membros inferiores ou superiores; cegueira; doença que exija permanência contínua no leito; incapacidade permanente para atividades diárias; além de lesão que provoque alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica ou social.
A proposta estabelece ainda a revisão geral anual do benefício, sempre no 1º de maio de cada ano, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os agentes serão obrigados, a qualquer tempo, a se submeterem a exame médico pericial em Junta Oficial de Saúde para a comprovação da necessidade do auxílio.
Gratificação profissional aos policiais penais é retirado de pauta
Também estava na pauta de votações desta terça-feira o Projeto de Lei 6.661/25, que assegura o pagamento da Gratificação de Valorização Profissional (GVP) aos inspetores de Polícia Penal ativos e inativos. No entanto, a medida foi retirada de pauta a pedido do líder do governo na Casa e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Rodrigo Amorim (União).
O parlamentar afirmou que a medida já poderá ser recolocada em pauta na próxima semana. Amorim explicou que a Secretaria de Estado da Casa Civil está realizando um estudo de viabilidade e de impacto sobre a incidência da gratificação nos proventos dos agentes aposentados.

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