A produção de maracujá volta a ser um dos focos do setor agrícola de São Francisco do Itabapoana Foto Divulgação

São Francisco de Itabapoana – Retomar a posição do município em referência na produção de maracujá no interior do Estado do Rio de Janeiro é uma das propostas do governo de São Francisco de Itabapoana, na região norte fluminense para fortalecimento do campo agrícola. A iniciativa está focada no apoio ao produtor.
O Secretário de Agricultura, Enaldo Barreto, ressalta que em abril deste ano, a prefeita Francimara Barbosa Lemos assinou um termo de cooperação técnica com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), visando o desenvolvimento de mudas de maracujá; os interessados em recebê-las serão cadastrados, provavelmente a partir da próxima semana.
“A Pesagro-Rio entregará as mudas em dezembro e serão levadas para o Viveiro Municipal, em Praça João Pessoa”, indica Enaldo Barreto apontando que o cadastramento acontecerá nas quatro unidades do Espaço do Produtor (Centro, Imburi, Praça e Brejo Grande).
Uma quinta unidade também será aberta em Travessão de Barra: “Após abrirmos o cadastro, o produtor interessado deverá comparecer em uma das unidades e revelar a sua demanda de mudas de maracujá”, orienta o secretário que considera importante a parceria com a Pesagro, para garantir a entrega aos produtores de mudas com certificado, evitando a propagação de pragas e doenças.
Está definido que o produtor receberá assistência técnica específica em relação à produção do maracujá; uma engenheira agrônoma será disponibilizada para acompanhar toda produção. “Vamos prestar o suporte técnico necessário para os produtores”, reforça o presidente da
Pesagro-Rio, Paulo Renato Marques.
O processo de adaptação das mudas ao solo e ao clima acontecerá na estufa da secretaria; a partir de então, será iniciada a distribuição. “A nossa proposta é oferecer mudas de qualidade e altamente produtivas de cultivares de maracujá, alguns já conhecidos e explorados na região e outros que estaremos experimentando”, realça o diretor-técnico da Pesagro-Rio, Silvio Galvão.
VÁRIAS ESPÉCIES - De acordo com Sílvio Galvão, a preocupação em relação à amostragem e análise de solo, correção de acidez e adubação básica é no sentido de oferecer o melhor preparo das covas para recebimento das mudas: Uma das espécies anunciadas por Sílvio Galvão é o Sol do Cerrado.
“O cultivar já foi experimentado no estado, com boa produtividade e adaptado às condições climáticas de solo e de clima com poucas influencias de doenças de solo e de folha”. O diretor-técnico destaca ainda o Gigante Amarelo: “É um pouco mais rústico, mas igualmente aceito na região como um cultivar produtivo”.
Estão relacionados também o Rubi do Cerrado e o Pérola do Cerrado: “São dois materiais interessantíssimos para serem validados e adaptados na região para que a gente possa estar pensando o quanto poderão ser importantes nesta revitalização da cultura do maracujá”, acentua Galvão.
“Fora isso, nós temos ainda duas iniciativas importantíssimas geradas a partir do Estado: o cultivar Rio Dourado, de origem de trabalhos técnicos científicos da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense); e o Passiflora phoenicea, um porta-enxerto”, acrescenta o diretor-técnico da Pesagro assinalando que esta última é uma planta cuja raiz e a base do caule são aproveitadas na enxertia.