A segunda edição da Marcha das Mulheres vai acontecer neste sábado.Arquivo
Organizada pelo Movimento Cidade no Feminino e pelo Festival Literário de São Gonçalo em parceria com o Fórum de Desenvolvimento Sustentável e Resistência Democrática (Fdsr/SG) e com o Grupo Liberdade Santa Diversidade, junto a diversos outros movimentos da cidade, a Marcha pretende evidenciar a situação do município no que tange a violação de diversos direitos como saneamento básico, segurança alimentar, segurança pública, moradia. O advento das chuvas de janeiro e fevereiro que deixaram centenas de famílias desabrigadas e provocou cinco mortes no município impulsionou os movimentos a tratarem dos direitos fundamentais, na Marcha.
"O Relatório Trata Brasil publicado no último dia 20 de março traz o ranking das 100 maiores cidades do Brasil e não tem boas notícias para São Gonçalo. O município pulou de 94°lugar, em 2021 para 96° lugar, em 2022. E não fossem os números oficiais, a população já sente na carne esta piora, apesar da oportunidade de investimento de mais de 1 bilhão de reais que o município recebeu com a privatização da Cedae. A população quer saber: Onde está o dinheiro?", pergunta os organizadores do movimento no texto.
Segundo dados, em outros quesitos, São Gonçalo apresenta péssimo desempenho também. "Na educação, a redução de direitos e salários dos profissionais que penam com a falta de condições de trabalho; na Saúde, casos absurdos de negligência, como o de uma criança que entrou no Hospital Municipal Luiz Palmier com uma alergia e teve a cabeça do dedo amputada por uma tesoura; as barricadas, tema de campanha do prefeito em exercício, foi matéria do Fantástico, como o município onde o crime organizado mais avançou; falta de acessibilidade para pessoas com deficiência, índices de violência contra a mulher em alta, enfim, são diversos os fenômenos sociais que se agravam a partir da negligência do poder público", ressalta os integrantes da ação na nota.
"Se compararmos a situação de São Gonçalo com as situações do território Yanomami, em Roraima, de São Sebastião, em São Paulo e de Bagé, no Rio Grande do Sul, veremos que não estamos muito distantes dos tipos de calamidade pública que assolaram estes locais e que tiveram força tarefa do Governo Brasileiro. A calamidade pública em São Gonçalo também exige atenção especial do Governo Brasileiro e, neste contexto, estão sendo convidadas autoridades nacionais e estaduais para que se organize ações emergenciais e de médio e longo prazo para atender as demandas da população gonçalense, que são muitas", realça os movimentos no texto.
Já confirmaram presença, as vereadoras Janilce Magalhães (PSOL/SG) e Priscilla Canedo (PT/SG), o vereador Romário Régis (PDT/SG) e o deputado Federal Dimas Gadelha e, Lindbegh Farias e a deputada Benedita da Silva, do PT. Outras autoridades no âmbito do poder executivo nacional e estadual foram convidadas e a organização aguarda confirmação, a saber: Secretaria de Estado de Educação, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, Detran, Ministério dos Direitos Humanos, Ministério das Mulheres, Ministério da Igualdade Racial.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.