arquivo pessoalRenata Cristiane (RC24h)


O cenário político em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio, está pegando fogo. É que nesta semana, um fato chamou a atenção na cidade: a atuação de um dos dez vereadores do município que foi parar na delegacia, após briga com um prestador de serviço de uma das empreiteiras contratadas pela Prefeitura.

Segundo apurado pelo jornal O Dia, Isaías Pinheiro, o Isaías do Escolar (PROS) se dirigia para uma fiscalização de obra em uma das diversas escolas em reforma na cidade, quando começou a filmar o prestador de serviço, que não consentiu com a gravação.

O caso foi parar na delegacia, subindo inclusive à esfera da Polícia Civil.

Em sessão na Câmara dos Vereadores, na última terça (20), Isaías do Escolar fez um discurso acalorado contra o prefeito, que goza de uma aprovação superior a 70% no município e tem chamado a atenção por andar pelas ruas da cidade sem seguranças. Fábio do Pastel estava em Brasília durante o ocorrido.

O vereador em questão segundo apurado pela redação, tem sete processos por não pagamento de IPTU, desde o ano de 2008 e tem se movido orientado por conhecidos agentes políticos da cidade, que hoje fazem oposição ao governo.

Constam na Central de Dívida Ativa Municipal sete processos que dão conta de dívidas de IPTU não pagos pelo nobre edil ao longo dos últimos 15 anos.

Ao que parece, o vereador encrenqueiro também é mau pagador. Cobra da prefeitura os mínimos detalhes da aplicação dos recursos mas não faz sua parte nem como cidadão, nem como político para o desenvolvimento do município através do pagamento dos devidos impostos.

O QUE DIZ A PREFEITURA

Sobre as acusações feitas ao prefeito Fábio do Pastel, a secretaria de Educação, responsável pelas obras na Escola Dulcinda Jota Mendes, onde ocorreu o desentendimento entre o trabalhador e o vereador disse que todas as informações estão disponíveis no Portal da Transparência do Municipio e que a empreiteira se comprometeu a concluir a obra no prazo de três meses.

O QUE DIZ O VEREADOR

A reportagem entrou em contato com o vereador Isaías para saber de seu posicionamento. O parlamentar explicou que o imóvel passou a pertencer à ex-mulher, Roseli Lopes, em 2008. Além disso, mês passado, a defesa do vereador entrou com recurso, na primeira instância, pedindo o deferimento dos seguintes pedidos: "de tutela para retirada do CPF dele dos cadastros restritivos de crédito; reconhecimento da prescrição do ato (mais de dez anos); que o imóvel seja levado a leilão ao invés do executado ser penalizado pela expropriação por causa de um bem que não lhe pertence mais; e que a exequente - no caso a ex-esposa - seja condenada em 20% de honorários sucumbenciais (valores devidos pela parte perdedora de um processo ao advogado da parte vencedora).
 reprodução internet - Renata Cristiane (RC24h)
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