Pedro Dau de Mesquita e Maria do Sol, campeã de ParaSurf e Agente do Verificado da ONU Thiago Diz

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Saquarema -Mais do que um festival de surf, skate e música, o REMA (Rua, Esporte, Mar e Arte) se consolida como um movimento com impacto real no território onde acontece. Em sua quinta edição, o evento reforça um posicionamento claro: ser referência não apenas em experiência cultural à beira-mar, mas também em práticas consistentes de sustentabilidade, inclusão social e governança responsável — pilares que estruturam sua atuação no campo ASG.
Ao longo dos nove dias de evento, o REMA apresenta um conjunto de ações que vão do cuidado ambiental à promoção de acessibilidade e equidade, com ativações que integram marcas, público e comunidade local. O compromisso vai além da operação: está nas decisões, nos processos e nas alianças construídas.
Um dos destaques dessa edição é a presença dos Agentes do Verificado pelo Clima, projeto da ONU e da Purpose, com apoio do TikTok, que combate a desinformação climática e engaja novas audiências por meio de conteúdos conectados à cultura. Durante o festival, criadoras como Maria Clara do Verdes Marias (sustentabilidade), Sabrina Pegorin (bióloga em formação), Gabriela Marcondes (gestora ambiental e sustentabilidade na prática), Luiza Allan (receitas vegetais e sustentabilidade) e Maria do Sol (campeã de ParaSurf) produzem conteúdos sobre práticas sustentáveis, ação climática e o impacto positivo do REMA - tanto nas redes quanto nos territórios.
“Ter esta iniciativa da ONU conosco em Saquarema foi um marco. O REMA já nasce com a responsabilidade de gerar impacto positivo, mas a experiência e a plataforma destes porta-vozes amplia ainda mais a mensagem e a nossa proposta de conectar cultura, esporte e ação climática em um mesmo território”, destaca Pedro Dau de Mesquita, diretor executivo da V3A, organizadora do festival.
As ações dos Agentes retratam experiências reais de transformação - como limpezas de praia pós-evento, uso de materiais sustentáveis na infraestrutura, inclusão de pequenos produtores e práticas educativas voltadas ao meio ambiente e à economia local. Toda essa vivência foi documentada e amplificada nas redes sociais das Agentes e da ONU Brasil, conectando o que acontece nas areias de Saquarema com um movimento global de engajamento climático.
“A conexão entre o surf e a mudança climática é um chamado à ação para a comunidade apaixonada pelo oceano. As Agentes do Verificado são a voz da sustentabilidade, fortalecendo o ecossistema digital com informações científicas e mensagens inspiradoras que impulsionam a mudança” comenta Diego Lobo, Chefe interino do UNIC Rio.
Compromisso levado a sério
Antes mesmo da primeira onda, o cuidado com o meio ambiente já começa a tomar forma. Toda a produção do REMA é pensada para minimizar impactos, desde a montagem e desmontagem até a gestão de resíduos e a escolha de materiais. Um exemplo disso são as placas móveis, similares a esteiras de areia, mas mais robustas e reutilizáveis, que evitam o uso de plástico e são doadas ao fim do evento para outros projetos e territórios.
Com parceiros como Eco Local, Blue Birds BR, Ocean Drop e a Prefeitura de Saquarema, o festival promove ainda atividades de educação ambiental, ações com crianças, plantios e mobilizações pela preservação da orla e das trilhas. Vale lembrar que a Praia de Itaúna, onde o festival acontece, ostenta o selo internacional Bandeira Azul, certificação que atesta excelência em critérios ambientais e sociais, um reflexo do cuidado constante com o território.
No eixo social, o REMA é palco para inclusão, representatividade e novas oportunidades. Projetos como o Praia Para Todos garantem acesso ao mar com autonomia e dignidade para pessoas com deficiência. Já em parceria com iniciativas como Casa do Surf, Saquarema Skate School, Viver + Saquarema e CT Léo Neves, o festival promove vivências, oficinas e experiências esportivas gratuitas para crianças e jovens da região.
O festival também fortalece a economia criativa local, oferecendo espaço para pequenos empreendedores, artesãos e marcas independentes. O público é convidado a consumir com consciência, valorizando o que é feito no entorno e ajudando a movimentar a economia da cidade.
A governança é construída sobre três pilares: transparência, corresponsabilidade e escuta ativa. Desde a concepção até a entrega, tudo é feito com respeito à legislação local, diálogo com a comunidade e compromisso firmado com patrocinadores, órgãos públicos e parceiros institucionais.
As contrapartidas sociais e ambientais são pactuadas com a Prefeitura de Saquarema, reconhecendo que o território que recebe o festival merece não só reconhecimento, mas legado duradouro. Com processos claros e uma gestão que prioriza ética, diversidade e impacto positivo, o REMA mostra que é possível fazer diferente, e fazer bem feito.