Time Sub-16 do THC campeão brasileiro 2023Divulgação THC
Os times mistos do Teresópolis Hóquei Clube (THC), do técnico Leleco, fizeram bonito no Campeonato Brasileiro de Hóquei sobre Patins Sub-14, Sub-16 e Sub-19. A disputa aconteceu de 2 a 5 de agosto na Casa de Portugal e reuniu equipes dos municípios de Recife, do Estado de Pernambuco, Santos, do Estado de São Paulo e Petrópolis, do Rio de Janeiro, além da prata da casa. Os meninos e meninas do THC conquistaram o primeiro lugar no Sub-16, ganhando do Internacional de Regatas-SP de 3x0 na final. Já o time Sub-14 ficou em terceiro lugar após vencer o time da Casa de Portugal de Petrópolis por 4x0, enquanto o time Sub-19 ficou com o vice-campeonato após perder por 6x3 para o Internacional de Regatas-SP.
Foi o primeiro campeonato disputado na recém construída quadra poliesportiva coberta da Casa de Portugal, inaugurada oficialmente na manhã deste sábado (5). A relação do clube com o hóquei vem desde sua fundação, há mais de 60 anos, e seu estatuto promete "manter e incentivar a pratica da modalidade esportiva sobre patins". Apesar disso, apenas agora a instituição conseguiu tirar do papel a quadra, graças ao trabalho da atual gestão da instituição, formada pelo presidente Eduardo Vellith e o vice-presidente Eduardo Olaguivel, ambos jogadores de hóquei.
"Estamos no final do mandato de três anos e, desde que assumimos, tínhamos a vontade de construir a quadra poliesportiva, mas tomamos o cuidado de trabalhar para fazer as demais mudanças que eram necessárias no clube. Depois que entregamos um investimento de mais de R$ 1 milhão em obras, começamos a fazer a quadra, como última obra do nosso mandato exatamente para que não parecesse interesse pessoal nosso", contou Dudu Vellith, reforçando os obstáculos técnicos e financeiros que precisaram ser vencidos para finalizar a obra.
Dudu reforça que, não apenas para o hóquei, mas para todos os esportes, o novo espaço será muito importante para a continuidade dos treinos e o sucesso do time da cidade. "Não ter uma quadra coberta sempre foi um entrave e atrapalhava o crescimento do hóquei e também de outros esportes. Como aqui na cidade chove muito, em determinados períodos há uma evasão muito grande de atletas. Agora, com a quadra coberta, será transformador", comentou.
O presidente acredita que o hóquei de Teresópolis tem agora tudo para voltar aos tempos áureos "Temos um jogador que começou bem novinho no projeto social, o Pietro Poubel, de 14 anos, que está no nível de jogadores da seleção brasileira e que será um dos melhores jogadores do Brasil", defende.
Escolinha social
Também na manhã de sábado (5), foi feita uma homenagem ao jogador de Hóquei Márcio Faria, falecido em junho de 2022: a escolinha social de hóquei do clube ganhou o nome do atleta. Trata-se de um projeto que visa a democratização do esporte, que pelo alto custo dos equipamentos costuma ser de mais difícil acesso para a população em geral. São oferecidas aulas gratuitas no clube para crianças e adolescentes em vulnerabilidade social e todos equipamentos necessários para o treinamento são disponibilizados aos alunos. Interessados podem procurar o clube para mais informações.
Estiveram presentes no evento a Secretária Municipal de Esportes, Gisele Fernandes, e os vereadores Paulinho Nogueira e Érika Marra, além de ex-atletas e convidados.
História do esporte
O esporte é considerado uma tradição em Teresópolis, iniciada em 6 de julho de 1957 com a inauguração da Praça Olímpica Luís de Camões, na Várzea, que tinha um rinque de patinação. Para celebrar a data, também aniversário da cidade, dois times do município de Petrópolis se enfrentaram. Pouco menos de um mês depois, Teresópolis já tinha um time de hóquei cujo grande nome foi Carlos Cézar Quintella, hoje com 91 anos.
O esporte é considerado uma tradição em Teresópolis, iniciada em 6 de julho de 1957 com a inauguração da Praça Olímpica Luís de Camões, na Várzea, que tinha um rinque de patinação. Para celebrar a data, também aniversário da cidade, dois times do município de Petrópolis se enfrentaram. Pouco menos de um mês depois, Teresópolis já tinha um time de hóquei cujo grande nome foi Carlos Cézar Quintella, hoje com 91 anos.
Entre jogos oficiais, amistosos, campeonatos municipais, estaduais, nacionais e internacionais, participou de 211 partidas, sendo 37 delas internacionais (mundiais, sul-americanos e amistosos), atuando como atleta e dirigente. Detém muitas medalhas, premiações e homenagens pela sua atuação no esporte. Um destaque de sua trajetória foi ter sido conselheiro de Hóquei e Patinação da Confederação Brasileira de Desportos, a convite do então presidente da instituição em João Havelange, em 1965; mais tarde, tornou-se presidente do Conselho; continuou na presidência do Conselho de Hóquei em Patins na passagem da CBD para a Confederação Brasileira de Desportos Terrestres - CBDT. Também foi vice-presidente da Confederação Sul-americana de Patins.
Quintella lembra que aceitou entrar para o time sem saber nada sobre o hóquei. "Começamos do zero, sem saber jogar, sem equipamentos, e aos poucos fomos melhorando e ganhando competições", contou. Perguntado sobre o futuro do esporte, o atleta aposentado diz estar animado com o novo momento do clube, agora com um espaço adequado para treinar: "vamos ver se agora decola", disse esperançoso.
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