Animal resgatado no zoológico de Volta Redonda (Zoo-VR) será solto na natureza, após período de adaptaçãoDivulgação/Secom PMVR
Volta Redonda - A história da pequena e cativante “Vilminha” ganhou novas páginas nesta sexta-feira (6). O filhote órfão de ouriço-cacheiro, resgatado e acolhido no Zoológico Municipal de Volta Redonda (Zoo-VR) foi encaminhado ao Instituto Vida Livre, no Rio de Janeiro. No local, o animal começa a ser preparado para ser reinserido na natureza.
O ouriço foi encontrado sozinho por um morador de Volta Redonda em agosto deste ano e logo recebeu os primeiros cuidados de biólogos e médicos-veterinários do Zoo-VR. Neste período, em tratamento, o filhote adquiriu peso, cresceu e ainda ganhou um nome carinhoso: “Vilminha”, em homenagem a personagem do desenho animado “Os Flintstones”.
“A Vilminha foi acompanhada pela nossa equipe, passou por avaliação, exames e monitoramento. Por ser um animal silvestre com grandes chances de sobreviver ao habitat natural, iremos iniciar o processo de soltura em parceria com o Instituto Vida Livre, que cria e gerencia as etapas finais de reabilitação dos animais e o seu retorno seguro à vida livre”, explicou o coordenador do Zoo-VR, o biólogo Jadiel Teixeira.
Cuidados especiais e experiência
“Vilminha” precisou de cuidados especiais e intensivos e acabou conquistando os estagiários de veterinária durante sua estadia no Zoo-VR. Entre elas Kamila Loçasso, que comentou sobre a experiência profissional adquirida neste atendimento e a emoção de cuidar do filhote órfão.
“A Vilminha chegou muito nova, precisava de muita atenção em cada pesagem; para ver se havia ganhado peso. Cada cálculo para ajustar a quantidade de alimento, cada noite acordando para ver se ela estava aquecida o suficiente e para a transição alimentar. No final, vê-la saudável, podendo ir embora para o seu lugar na natureza é tão bom que nada nem ninguém consegue tirar de você. Além de experiência profissional, do conhecimento adquirido sobre a espécie, ganhei algo que vou sempre carregar no meu coração: sensação de dever cumprido, de ter salvado mais uma vida que dependeu 100% dos nossos cuidados e hoje segue independente”, disse Kamila.
A estagiária Eduarda Farias também participou dos atendimentos com a “Vilminha” desde o primeiro dia no Zoológico Municipal. Ela comentou sobre o desafio de ter cuidado do filhote devido aos poucos dias de vida.
“Desde o primeiro dia que ela chegou sabia que seria um desafio. Afinal, era um filhote de alguns dias e com cordão umbilical. Foram noites sem dormir, dando toda a assistência com remédios, introdução alimentar, mantendo a temperatura estável e sempre tentando ao máximo não manter o contato humano próximo. Foi um enorme prazer cuidar dela, uma felicidade ver toda conquista que ela fazia, a cada desenvolvimento, alimento e peso que conseguia ganhar. Desejo todo o sucesso na reabilitação e que ela consiga retornar à natureza, que é o lar dela”, disse Eduarda.
“Desde o primeiro dia que ela chegou sabia que seria um desafio. Afinal, era um filhote de alguns dias e com cordão umbilical. Foram noites sem dormir, dando toda a assistência com remédios, introdução alimentar, mantendo a temperatura estável e sempre tentando ao máximo não manter o contato humano próximo. Foi um enorme prazer cuidar dela, uma felicidade ver toda conquista que ela fazia, a cada desenvolvimento, alimento e peso que conseguia ganhar. Desejo todo o sucesso na reabilitação e que ela consiga retornar à natureza, que é o lar dela”, disse Eduarda.
Zoológico Municipal de Volta Redonda
Com o lema: “A gente cuida de quem precisa de cuidado e solta quem pode ser solto”, o Zoológico Municipal de Volta Redonda (Zoo-VR) oferece um programa de reabilitação e reinserção de animais silvestres na natureza. Graças a este atendimento, “Vilminha” conquistou a possibilidade de ser reintroduzida ao habitat natural.
Muitos dos animais acolhidos no local são resgatados após acidentes de trânsito ou frutos de doações voluntárias – motivadas pela ilegalidade de manter um animal silvestre em cativeiro, por exemplo.
Ao receberem o animal, um dos primeiros passos no Zoo-VR é oferecer tratamento médico-veterinário adequado, com o objetivo de ingressá-lo novamente à natureza. Primeiro, é feita uma avaliação física e comportamental para, em seguida, ser encaminhado à reabilitação, onde receberá o tratamento. O processo de soltura depende das habilidades de caça do animal. Para ajudar na reinserção, o Zoo-VR mantém a parceria com o Instituto Vida Livre, que leva os animais recuperados até o seu habitat natural ou onde há ocorrência daquela espécie.
Os animais mais recebidos pelo programa de reabilitação do Zoológico Municipal são as aves, como, por exemplo, Periquitão-maracanã, Maritacas, Ararinha-maracanã, papagaio, coruja, tucano, urubu e ainda mamíferos como gambás e répteis como jabuti.
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