Formatura do grupo mais recente, com 101 alunas, foi na última sexta-feira (15), no no campus Aterrado da UFFDivulgação/Secom PMVR

Volta Redonda - A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH) de Volta Redonda já formou mais de 600 mulheres em seus cursos para construção civil, por meio do projeto “Mulheres Mãos à Obra”. A solenidade do grupo mais recente, formado por 101 alunas, aconteceu na última sexta-feira (15) no auditório no campus Aterrado da Universidade Federal Fluminense (UFF). No total, 181 mulheres passaram pela iniciativa em 2023.
Segundo a secretária municipal de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, Glória Amorim, desde o retorno do projeto Mulheres Mãos à Obra, em 2021, com o novo mandato do prefeito Antonio Francisco Neto – que abraçou a iniciativa há mais de 12 anos, com as mulheres da comunidade do bairro Roma – mais de 600 mulheres fizeram os cursos profissionais, proporcionando, com suas contratações pelo setor da construção civil, uma autonomia financeira, aumento a renda familiar e o seu empoderamento no mercado de trabalho.
“Eu quero agradecer à equipe de professores e funcionários do CQP (Centro de Qualificação Profissional Aristides de Souza Moreira), ao diretor Eiji Yamashita, à parceria com a Fundação Beatriz Gama, a Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), a Smas (Secretaria Municipal de Assistência Social) e o Gabinete de Estratégia Governamental (GEGOV) pelo apoio ao projeto, que já preparou mais de 600 mulheres para o mercado de trabalho. Os cursos começaram com 40 mulheres no bairro Roma, sendo que elas mesmas escolheram o que desejavam fazer (a construção civil) através de uma pesquisa de base. No Brasil inteiro, ter um curso desse para as mulheres é novidade, rompendo com o ciclo de machismo na construção civil. O projeto que nós criamos acabou dando muito certo”, enfatizou Glória Amorim.
Colaboração para o currículo
Além da capacitação das formandas nos cursos básicos de Eletricista Predial, Pedreira de Alvenaria Predial e Bombeira Hidráulica Predial, Pedreira de Acabamento e Revestimento Predial, Pintura Predial, Solda com Eletrodo Revestido, Corte Oxiacetilênico e Operadora de Esmerilhadeiras, a SMDH disponibilizou a confecção dos currículos para quem deseja buscar vagas no mercado. Durante o período dos cursos, todas tiveram direito a lanche, transporte, uniforme e equipamento individual de segurança.
A solenidade contou também com as presenças do deputado estadual Munir Neto; do presidente da Fevre, Caio Pinheiro Teixeira; e dos professores do CQP Nilson de Freitas Ferreira, Cesar de Azeredo Pedrosa, Cezar da Silva Pereira e Hélio dos Santos. Representantes de empresas parceiras do CQP/Fevre estiveram no evento.
A estudante Brenda Marcela da Silva Santos fez o discurso oficial pelas novas formandas. Ela destacou a união das mulheres para derrubar o preconceito do mercado, a capacidade delas em vencer desafios em passos firmes pela igualdade, e o exemplo como guerreiras para renovar e conquistar uma nova etapa de suas vidas. “A solda não serve apenas para juntar metais, mas é o laço forte da união e igualdade, porque o sucesso nasce do querer e somos mulheres capazes e prontas para vencer”, afirmou.
Ocupando espaços
A assessora técnica do departamento de Políticas para Mulheres da SMDH, Kátia Theobaldo, destacou a força das mulheres. “Mulheres desempenham toda e qualquer tarefa que antes eram destinadas apenas aos homens, com a mesma eficiência. Poucos acreditam na capacidade da mulher em algumas profissões, o preconceito é inevitável. Hoje é dia de celebrar as novas conquistas dessas guerreiras, que têm ocupado cada vez mais espaços no mercado de trabalho. Sua organização e determinação contribuem muito com o crescimento da presença de mulheres na construção civil”.
Uma das alunas que participou do primeiro curso para as mulheres do Roma, Alcinéia Pereira da Silva Arantes, voltou a investir nos estudos e foi uma das formandas no novo curso de Pedreira de Alvenaria e Bombeira Hidráulica. Casada e com dois filhos, ela atualmente trabalha numa empresa de construção civil com o marido. “O projeto é muito bom, me deu condições profissionais para ter uma vida melhor, aumentando a nossa renda familiar”, garantiu.
O deputado estadual Munir Neto elogiou a secretária Glória Amorim e sua equipe, além dos professores do CQP. Ele disse que a formatura era uma noite de alegria, lembrando que apoiou o projeto “Mulheres Mãos à Obra” desde sua origem no bairro Roma
“Hoje estamos vendo vários cursos evoluindo, avançando no mercado de trabalho. O emprego está difícil, mas com vocês capacitadas, certificadas, as dificuldades serão bem menores. Temos muitas obras públicas e de empresas privadas em Volta Redonda com oportunidades para a contratação. Vocês são mulheres guerreiras que deram um passo importante para uma qualidade de vida e têm todo o meu apoio, do prefeito Neto, do (secretário de Governo) Carlos Macedo, da Fevre”, comentou.

O presidente da Fevre, Caio Teixeira, e o secretário de Governo, Carlos Macedo, fizeram um breve pronunciamento destacando o empenho das mulheres que concluíram o projeto, abrindo novas oportunidades para a vida profissional. O diretor do CQP, Eiji Yamashita, citou os objetivos da formação e a influência para mudar a vida das formandas.
“O que era um sonho virou uma realidade. A formatura é apenas o começo. Nunca se esqueçam que a vida é cheia de oportunidades e façam o melhor que escolheram para vocês. O mundo está nas mãos de quem tem a coragem de sonhar e correr os riscos de realizar os sonhos, como disse o escritor Paulo Coelho. É preciso que tenha a coragem para mudar e que essa mudança traga glória, alegria e muitas realizações para um novo ano de grandes conquistas”, concluiu.
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