As atrizes Cara Delevingne e Léa Seydoux relataram ontem terem sido alvo de assédio sexual do produtor de Hollywood Harvey Weinstein, após série de testemunhos de mulheres acusando um dos homens mais poderosos da indústria cinematográfica.
Em nota, Delevingne disse que Weinstein tentou beijá-la após uma reunião para discutir um filme. A atriz, de 25 anos, disse que quando ficou sozinha com Weinstein o produtor começou a "se gabar" de como "criou as carreiras" de atrizes com as quais afirmava ter tido relações sexuais, e depois a convidou para seu quarto.
Embora inicialmente tenha recusado o convite, ela acabou indo. "Nesse momento me senti muito vulnerável", contou. Delevingne disse que havia outra mulher no quarto e que Weinstein, um dos homens mais poderosos de Hollywood, pediu para elas se beijarem. A atriz tentou reduzir a tensão perguntando se podia cantar e fazer uma audição para ele.
"Depois de cantar, eu disse outra vez que tinha que ir. Ele me acompanhou até a porta e tentou me beijar nos lábios. Eu o impedi e consegui sair", acrescentou.
A atriz francesa Léa Seydoux contou história similar ao jornal britânico The Guardian. "Estávamos conversando no sofá quando de repente veio para cima de mim e tentou me beijar. Tive que me defender. Ele é grande e gordo, então eu tive que ser forte para resistir. Saí do quarto dele enojada", disse a atriz, de 32 anos, Palma de Ouro em 2013 por "Azul é a cor mais quente"."Isso é o mais nojento, todo mundo sabia o que Weinstein fazia e ninguém fez nada. É incrível como alguém pode se comportar assim por décadas e ainda manter sua carreira", denunciou.