Jonathan Pereira do Prado estava foragido de penitenciária e confessou o latrocínio da jovem Kelly Cadamuro (Foto: Reprodução/TV TEM) - Reprodução/TV TEM
Jonathan Pereira do Prado estava foragido de penitenciária e confessou o latrocínio da jovem Kelly Cadamuro (Foto: Reprodução/TV TEM)Reprodução/TV TEM
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Um crime bárbaro chocou o interior de São Paulo e alimentou o medo de quem oferece carona pelas redes sociais. A polícia de São José do Rio Preto prendeu ontem Jonathan Pereira do Prado, acusado de entrar em um grupo de caroneiros para roubar a jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, encontrada morta depois de combinar pelo WhatsApp uma viagem a Minas Gerais.

Outros dois suspeitos de participação no crime também estão presos. O corpo de Kelly foi encontrado seminu, com as mãos amarradas e marcas de estrangulamento, na quinta-feira, à margem de um córrego, entre as cidades mineiras de Frutal e Itabagipe. Ela estava desaparecida desde a noite de quarta-feira.

Conforme a polícia, Jonathan confessou ter entrado no grupo com a intenção de roubar a jovem, que vendia réplicas de bolsas. Ele estava foragido de uma unidade prisional desde março e respondia a oito crimes, como roubo, ameaça e extorsão. Outro suspeito, Luis Cunha, teria ajudado a matar a jovem, e o terceiro, Daniel Teodoro da Silva, comprou o celular e outros objetos roubados dela. Os três foram presos durante a madrugada, em bairros distintos de São José do Rio Preto.

Kelly iria para Itabagipe na quinta-feira, a fim de visitar o namorado, e postou a viagem no grupo. Segundo a família, ela havia feito isso muitas vezes e nunca tivera problemas. Um casal se ofereceu para dividir as despesas como carona, mas, no lugar combinado, apenas Jonathan teria se apresentado. A jovem fez o último contato com a família quando abastecia o carro, num posto da BR-153. Ela não chegou ao destino, e a polícia foi comunicada. O carro foi achado sem as rodas numa estrada rural.

Bandido se deixou filmar

De acordo com a Polícia Militar, as imagens das câmeras de um pedágio na divisa de São Paulo com Minas foram decisivas para a prisão dos suspeitos. As câmeras registraram Kelly passando com o carona em direção à cidade mineira e, algum tempo depois, o carro em sentido contrário com um homem ao volante. Nas imagens, segundo a PM, é possível identificar Jonathan dirigindo o veículo. O corpo de Kelly passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML) de Frutal e era velado, na manhã desta sexta, 3, em Guapiaçu, onde mora sua família.

O namorado de Kelly, o engenheiro civil Marco Antonio da Silva, de 28 anos, manifestara preocupação com o fato de a jovem levar um desconhecido com ele. "Fico preocupado com você sozinha na rodovia", escreveu pelo WhatsApp, pouco antes de Kelly ser morta. Pelo aplicativo, Kelly informou ao namorado que viajaria apenas com o homem: "Só o rapaz, a menina não vai, bjs", escreveu. Ele respondeu: "Cuidado!"

Ela voltou a fazer contato para dizer que estava abastecendo no posto Sertanejo, na BR-153. Depois, ele já não recebeu retorno e se desesperou: "Mor, cadê você? Tô preocupado. Pelo amor de Deus"! O engenheiro foi quem encontrou a calça da jovem, próximo do local em que o corpo, seminu, foi achado pelos policiais.

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