Alckmin foi a solução encontrada para conter o racha no PSDB
Alckmin foi a solução encontrada para conter o racha no PSDBAFP/EVARISTO SÁ
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é o novo presidente do PSDB. "Vamos mudar este país!", afirmou o tucano, que recebeu 470 votos a favor, três contra e uma abstenção na convenção do partido ontem. Em seu discurso, Alckmin disse ainda que quer retomar o poder no Brasil nas eleições de 2018 e centrou fogo no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem acusou de "ter quebrado o Brasil".
"Nós os derrotaremos nas urnas. Lula será condenado nas urnas pela maior recessão de nossa história!", acrescentou Alckmin, que aparece como o candidato mais provável do PSDB à Presidência do Brasil, apesar de atualmente só ter 7% das intenções de voto.
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A política tradicional atravessa um período de forte descrença pelos escândalos revelados pela Operação Lava Jato, uma megaoperação que trouxe à tona os desvios milionários de fundos públicos para os partidos.
E Alckmin, que disputou e perdeu as eleições no segundo turno contra Lula em 2006, está entre os investigados por supostamente receber dinheiro da empreiteira Odebrecht.
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Lula, apesar de arrastar uma condenação a quase 10 anos de prisão por corrupção, o que poderá tirá-lo da corrida eleitoral se a sentença for confirmada em segunda instância, aparece com 36% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro (18%) e pela ambientalista Marina Silva, com 10%.
OUTROS CARGOS
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O primeiro vice-presidente, que assume na ausência de Alckmin, é o governador de Goiás, Marconi Perillo. O segundo vice-presidente é o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli.
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Fama de bom gestor e descumpridor de prazos de obras e entregas
Após ocupar por 12 anos a cadeira de governador de São Paulo, em quatro mandatos diferentes, Alckmin tem fama de político conciliador e gestor responsável do ponto de vista fiscal, mas descumpridor de prazos de obras e entrega de promessas.
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Ao mesmo tempo em que os pagamentos estão em dia, o caixa registra superávit primário de R$ 1,5 bilhão e a reforma previdenciária estadual já tenha sido finalizada em 2011, Alckmin não transformou as facilidades de estar à frente de um estado administrado há mais de duas décadas pelo mesmo partido em benefícios imediatos para a população. A lista de obras e cronogramas alterados é extensa.
Até mesmo agora, quando inaugurar estações de metrô, por exemplo, é vitrine essencial para a fase de pré-campanha de qualquer candidato, o planejamento registra atrasos. Em janeiro, o tucano havia prometido inaugurar até o fim deste mês nove estações da Linha 5-Lilás. Passado quase um ano, só três foram abertas.
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