ONU condena EUA na questão de Jerusalém
A Assembleia-Geral da ONU adotou ontem, por ampla maioria, resolução condenando o reconhecimento por Washington de Jerusalém como a capital de Israel. Dos 193 países-membros, 128 votaram a favor (incluindo o Brasil), ante nove contra, enquanto 35 decidiram se abster. Faltaram 21 nações.
Sete países Guatemala, Honduras, Togo, Micronésia, Nauru, Palau e as Ilhas Marshall se juntaram a Israel e aos Estados Unidos no veto.
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Os palestinos comemoraram. "Esta decisão reafirma que a nossa justa causa tem apoio internacional. Vamos prosseguir com nossos esforços para acabar com a ocupação (israelense) e criar um Estado palestino tendo Jerusalém Oriental como capital", afirmou o porta-voz do presidente Mahmud Abbas.
Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou estar satisfeito com o número de países que não votaram. "Rejeitamos esta decisão da ONU e reagimos com satisfação diante do número importante de países que não votaram a favor desta decisão", afirmou.
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"Os Estados Unidos se lembrarão deste dia", vociferou a embaixadora dos EUA, Nikki Haley, à assembleia. "A América colocará nossa embaixada em Jerusalém", disse Haley. "Nenhum voto nas Nações Unidas fará qualquer diferença nisso", cuspiu. "Mas este voto fará a diferença em como os americanos olham para a ONU e sobre a forma como olhamos os países que nos desrespeitam na ONU."