Atriz e apresentadora, Oprah Winfrey é uma das principais celebridades da TV americana. Mas, desde o sábado, após o discurso inflamado que fez na cerimônia de entrega dos prêmios Globo de Ouro, ela galgou um novo patamar. As especulações são de que ela poderia disputar a presidência, enfrentando Donald Trump.
Oprah mal havia acabado de falar sobre um "novo dia", após o divisor de águas que representou a enxurrada de denúncias de assédio sexual, e muitos já pediam para que uma das mulheres mais ricas e famosas dos Estados Unidos concorresse ao cargo, numa versão americana do caso do apresentador Luciano Huck, que segue como possível candidato à presidência por aqui.
Oprah nunca demonstrou interesse em disputar o cargo - ao ser perguntada nos bastidores do Globo de Ouro se tinha alguma intenção, ela respondeu "eu não, eu não" -, seu companheiro de longa data sugeriu que ela poderia ser persuadida.
"Depende das pessoas", disse Stedman Graham ao jornal The Los Angeles Times. "Ela faria isso,absolutamente".
"Ela lançou um foguete esta noite. Quero que concorra a presidente", declarou Meryl Streep ao The Washington Post. "Não acho que ela tenha a intenção, mas agora ela não tem escolha".
A CNN citou anonimamente dois "amigos íntimos" que disseram que Oprah estava "pensando bastante" em uma disputa presidencial, mas enfatizando que ela ainda não havia se decidido.
Se a especulação é ilusória, a fama e riqueza de Oprah Winfrey, que superou um histórico de pobreza, estupro e gravidez adolescente para construir uma fortuna de US$ 2,6 bilhões e uma carreira de atriz indicada ao Oscar, surgem a seu favor.
"Dormi pensando nisso e cheguei à conclusão de que Oprah (como candidata) não é tão louco", tuitou Dan Pfeiffer, ex-conselheiro de Barack Obama, presidente que Oprah ajudou a eleger, em 2008.
Uma pesquisa realizada em março de 2017 pela Universidade Quinnipiac, que deu a Trump aprovação de 41%, mostrou que 52% das pessoas têm opinião favorável a Oprah.
"Existe um sentimento entre muitos no país de que experiência política anterior é na verdade um déficit", afirmou Cindy Rosenthal, professora de Ciência Política na Universidade de Oklahoma.