Presidente americano, Donald Trump - AFP/SAUL LOEB/12.12.17
Presidente americano, Donald TrumpAFP/SAUL LOEB/12.12.17
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Donald Trump passou a sexta-feira tentando se descolar do escândalo provocado por sua menção, um dia antes, a "países de merda", em referência a Haiti, a El Salvador e a nações africanas. Ontem de manhã, Trump recorreu à sua arma favorita, o Twitter, para se defender e negar a declaração. Rapidamente foi desmentido por um senador do Partido Democrata que esteve na fatídica reunião e confirmou a versão.

Em uma primeira mensagem, Trump admitiu que foram ditas coisas "duras" em uma reunião na Casa Branca quinta-feira para discutir imigração, mas garantiu que "essa não foi a linguagem usada". Uma hora mais tarde, Trump voltou ao tema para assegurar que nunca disse "qualquer coisa depreciativa sobre os haitianos, além de dizer que o Haiti é, obviamente, um país muito pobre e com muitos problemas".

Pouco depois, porém, o senador democrata Rick Durbin, que participou da reunião, disse que Trump de fato se referiu a "países de merda" e que fez isso mais de uma vez. "Ele disse essas coisas cheias de ódio, e as disse repetidamente. Deu essas declarações vis e vulgares, chamando essas nações de países de merda", lamentou.

Fontes apontam que Trump se referia a nações africanas, ao Haiti e a El Salvador. "Por que todas essas pessoas de países de merda vêm aqui?", teria dito Trump, acrescentando que queria imigrantes nórdicos, como da Noruega.

Em poucas horas, o escândalo se tornou internacional. Em Genebra, o porta-voz do alto comissário para Direitos Humanos da ONU, Rupert Colville, classificou as palavras de Trump como vergonhosas. "São comentários escandalosos e vergonhosos. Sinto muito, mas a única palavra que se pode usar é racista", frisou.

Para Colville, a visão manifesta em suas declarações mostram "o pior lado da humanidade, validando e estimulando o racismo e a xenofobia".

Em Porto Príncipe, o governo do Haiti emitiu nota na qual considerou "inaceitáveis" as declarações "odiosas e abjetas" de Trump, por considerar que refletem "uma visão simplista e racista completamente equivocada".

Maioria de americanos não quer Oprah como presidente
Oprah mira a Casa Branca
Oprah mira a Casa BrancaAFP/Frederic J. BROWN/07.01.18
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Embora a maioria dos americanos goste da apresentadora Oprah Winfrey, menos da metade deseja que ela se lance candidata à presidência, ideia crescente desde seu impressionante discurso na premiação do Globo de Ouro.
Pesquisa realizada entre segunda e quarta-feira, com 1.350 adultos, pela rádio pública NPR/Marist Poll, indica que 64% dos americanos têm opiniões favoráveis a Oprah, que costuma receber, em seu programa, confidências de celebridades.
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Mas, apesar de a jornalista, atriz e empresária de 63 anos ter popularidade impressionante, apenas 35% dos americanos desejam que ela se candidate em 2020. Até entre os democratas, apenas 47% almejam que ela concorra, contra 15% dos republicanos.
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