Londres - Centenas de pessoas protestaram em várias capitais europeias neste domingo (21) em defesa dos direitos das mulheres e se opondo ao presidente americano, Donald Trump, um ano depois de sua chegada à Casa Branca.
Em Londres, centenas de pessoas se concentraram em frente à residência da primeira-ministra, Theresa May, em Downing Street, para expressar seu cansaço com o assédio sexual, a violência e a discriminação sofridos pelas mulheres.
"Estou aqui para dizer que já basta de violência contra as mulheres e meninas de todo o mundo", declarou à AFP Kiyleigh, de 29 anos, que participava desta "Marcha das Mulheres". "Trabalho com mulheres que sofrem violência doméstica, abusos sexuais por parte de homens e não quero continuar vendo isso", acrescentou.
"Já basta, já basta!", gritava a multidão em meio ao frio e à chuva.
"Não é não. O assédio sexual não é aceitável", disse à AFP Liberty Folker, de 27 anos, que compareceu junto com seu cachorro Gwen. Seu cartaz dizia: "até este cachorro sabe o que quer dizer 'não'".
Alguns participantes levavam cartazes hostis a Donald Trump. O presidente americano anunciou recentemente que não compareceria à inauguração da nova embaixada em Londres, onde poderia ser recebido com protestos.
Em Berlim, os manifestantes - entre os quais havia alemães e imigrantes americanos - foram ao Portão de Brandemburgo, perto da embaixada dos Estados Unidos, com cartazes em inglês pedindo que "resistam" e que se "levantem, unam e lutem".
Os organizadores pediram aos americanos que vivem no exterior que se inscrevam para poder votar por correio nas eleições de meio de mandato, que acontecerão em novembro.
Cerca de 100 pessoas foram à Praça de Trocadéro, em frente à Torre Eiffel, em Paris, para protestar com uma bandeira na qual lia-se "Mais feministas!". Junto com elas, alguns ativistas seguravam cartazes pedido a destituição de Trump.
Em Madri, cerca de 200 pessoas se concentram em uma praça central gritando palavras de ordem em inglês e espanhol, como "Eu também sou feminista", e com cartazes nos dois idiomas nos quais se lia: "Nem ódio, nem racismo, nem Trump" e "A revolução será feminista, ou não será".
"Estamos todas unidas para encontrar o caminho para a igualdade e defender nossos direitos", disse Cristina Rodríguez-Carretera, professora de uma universidade em Savannah, na Geórgia, nascida na Espanha. "Nos sentimos agredidas" pela "constante misoginia" de Trump, acrescentou.
Milhares de pessoas participaram no sábado em várias cidades americanas da "Marcha das Mulheres" contra Trump, um ano depois da imensa mobilização que desafiou o presidente dos Estados Unidos um dia após sua posse.