Nova York - A Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) confirmou, netsa quarta-feira, que a presidente do Chile, Michelle Bachelet, será a nova chefe da sua comissão para promoção de acesso universal de saúde nas Américas.
Além de Bachelet, também participarão do grupo a brasileira Laís Abramo, diretora da Comissão das Nações Unidas para América Latina e Caribe (Cepal) e outros representantes da sociedade civil e ex-autoridades da América Latina e do Caribe.
Em comunicado, a Opas disse que o trabalho do grupo será promover soluções que ampliem o acesso à saúde da população das Américas até 2030, sem que ninguém seja esquecido. O convite à Bachelet, que deixará a Presidência do Chile em 11 de março, foi feito pela diretora da Opas, Carissa Etienne. "A presidente, que é médica de formação, tem liderança e compromisso, elementos-chave para empoderar as pessoas e as comunidades na busca da igualdade e da realização do direito à saúde", disse a diretora.
Acesso universal
De acordo com a Opas, quatro décadas depois da Declaração Alma-Ata (formulada na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada no Cazaquistão em setembro de 1978), que defendia a implantação de um sistema de saúde para todos no ano 2000, cerca de 30% da população das Américas ainda não tem acesso a cuidados médicos por motivos econômicos. E cerca de 21% dos habitantes da região não conseguem chegar a hospitais e postos de saúde por causa de barreiras geográficas.
Mais recentemente, em 2015, os países-membros da ONU assumiram o compromisso de alcançar o acesso universal à saúde até 2030, ao aprovar a Agenda de Desenvolvimento Sustentável. A comissão da Opas a ser presidida por Bachelet irá debater como os programas nacionais nas Américas estão implementando as mudanças necessárias.