Cuba - Morreu, nesta quinta-feira, Fidel Castro Díaz-Balart, de 68 anos, filho mais velho do ex-presidente cubano Fidel Castro Ruz. Segundo a imprensa local, Fidel, popularmente conhecido por Fidelito, cometeu suicídio. Ele estava em um estado depressivo há vários meses. O funeral será organizado pela família, ou seja, sem um tratamento oficial, em uma data que ainda será definida.
“O doutor em Ciências Fidel Castro Díaz-Balart, que vinha sendo atendido por um grupo de médicos há vários meses por um estado depressivo profundo, atentou contra sua vida na manhã de hoje, primeiro de fevereiro”, comunicou o jornal estatal “Granma”.
“Como parte de seu tratamento, ele inicialmente exigiu um regime de hospitalização e depois continuou com o acompanhamento ambulatorial durante sua reincorporação social”, disse o comunicado. O jornal ainda lembrou que “durante sua atividade profissional, inteiramente dedicada à ciência, obteve relevantes reconhecimentos nacionais e internacionais”.
A família castro tem uma tradição de manter sua intimidade familiar afastada do foco público e, por isso, existem poucos dados sobre sua vida pessoal. Ele foi casado com a russa Natasha Smirnova, com quem teve três filhos (Mirta María, Fidel Antonio e José Raúl) e após se divorciar da sua primeira esposa, casou-se com a cubana María Victoria Barreiro.
Em suas últimas aparições públicas, "Fidelito" discursou sobre a nanociência, tema que estudava pelo interesse demonstrado na questão pelo governo de seu tio Raúl Castro.
Ele participou de pesquisas internacionais sobre energia nuclear e em 2013 recebeu o título de “doutor honoris causa”, pela Universidade Estatal de Moscou, onde na sua juventude tinha se especializado em Física Nuclear, com um nome falso: José Raúl Fernández. O objetivo era garantir sua segurança.
Fidelito também foi autor de inúmeros títulos centrados em sua especialidade, como”Elementos e reflexões em torno da Política Científica Nacional (1985) e “O grande desafio do Terceiro Milênio. Energia nuclear: perigo ambiental ou solução para o futuro” (1997), entre outros.
Com informações da AFP