Os movimentos britânicos contrários à saída do país da União Europeia lançaram uma plataforma comum para criar pressão nas negociações de Bruxelas e tentar garantir a realização de um segundo referendo. Várias organizações integram o Grupo Coordenador de Bases (Grassroots Coordinating Group, GCG), que reúne 500 mil ativistas e políticos.
"Se o povo iniciou" o processo de saída da UE com seu voto no referendo de 23 de junho de 2016, "deve ser ele quem vai decidir como terminamos, e se realmente vamos, ou não", explicou o deputado trabalhista Chuka Umunna, presidente da plataforma GCG, no ato de apresentação do movimento.
Segundo Umunna, já está claro que as negociações não permitirão alcançar um acordo "com as mesmas vantagens econômicas do pertencimento à UE", e as pessoas começaram a "se perguntar se tudo será tão fácil quanto afirmaram", o que justificaria um segundo referendo.
Entre os britânicos, 47% são favoráveis a uma nova consulta, frente a 34% contrários, segundo pesquisa feita em janeiro pelo ICM para o jornal 'The Guardian'.