Por clarissa.sardenberg

Brasília - Uma família foi perseguida e espancada por taxistas na noite desta terça-feira, em Brasília, após ser confundida com motoristas do Uber. O episódio ocorreu quando quatro irmãos desembarcaram de Recife no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek seguiram de carro para Ceilândia. A Polícia Civil investiga o caso.

Segundo uma das vítimas, Clécio Alves, em entrevista à "TV Globo", um taxista fechou seu carro e após a colisão fingiu que iria "resolver" a situação. A família foi cercada e agredida, apesar dos protestos de que não eram motoristas do Uber.

Taxistas cercaram e espancaram família por pensarem que se tratava de motoristas do Uber Reprodução TV Globo

"Quando a gente encostou, mais de 50 taxistas já chegaram no carro, quebrando o carro, batendo na gente, e um gritando: ‘Mata que é Uber, mata que é Uber’. Eu falando: ‘gente, a gente é família, estamos chegando de viagem, não faz isso, não’", afirmou Clécio.

“Um puxou um punhal para poder tentar matar meu irmão mais velho”, completa. “Eu peguei, avancei em cima dele. Quando eu avancei nele, eu levei uma paulada na cabeça, caí no chão. Na hora que eu caí no chão, começaram a bater muito em mim", contou.

O caso foi registrado na 10ª Delegacia de Polícia e um dos agressores reconhecidos por foto. Pouco antes do episódio, outro caso de agressão ocorreu em um posto de gasolina da região, onde taxistas arremessaram cones e outros objetos contra motoristas e carros do Uber.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Taxistas, Maria do Bomfim, a entidade é contra agressões, mas os profissionais estão "cansados das agressões dos motoristas do Uber e, por causa disso, estão partindo para cima."

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