São Paulo - Os dois acusados presos pela polícia pelo sequestro de Aparecida Schunck Flosi Palmeira, de 67 anos, sogra de Bernie Ecclestone, presidente da empresa que administra a Fórmula 1, contaram que iam receber cada um R$ 20 mil para fazer o sequestro de Aparecida Schunk Flosi Palmeira. A polícia investiga agora quem seria o mandante do crime. "Existem outros envolvidos", disse a delegada Elizabete Ferreira Sato.
A quebra do sigilo do e-mail de um dos sequestradores e as impressões digitais deixadas por eles no Fiesta levado da família foram as pistas que permitiram à Divisão Antissequestro (DAS) chegar aos acusados Vitor Oliveira Amorim e Davi Vicente Azevedo.
O primeiro era procurado pela Justiça em razão de outros crimes enquanto o segundo já havia sido detido por roubo. Eles usaram um e-mail de uma conto do Yahoo para negociar o resgate com a família de Aparecida. Por meio da quebra do sigilo, a DAS identificou o primeiro suspeito. Era Azevedo.
Foi ele quem primeiro foi preso. Os policiais sabiam que o acusado havia sofrido um acidente de moto no dia 26 e havia deixado o cativeiro, onde Amorim permanecia vigiando Aparecida. Eles vigiaram a casa de Azevedo em Cotia e o detiveram quando ele saía do imóvel. Azevedo estava de muleta.
Confrontado com a presença de suas impressões digitais no Fiesta da vítima, o acusado teria, segundo a polícia, decidido colaborar. Ele levou os policiais até o cativeiro de Aparecida. A vítima estava dentro da casa da chácara e era vigiada pela outro acusado detido - Amorim.
Durante os contatos com a família, os bandidos exigiram que o resgate de € 168 milhões fosse pago na sexta-feira. Queriam que o dinheiro fosse entregue em quatro sacos por um helicóptero. A polícia mantinha contato com a família e desaconselhou que o empresário Bernie Ecclestone viesse ao Brasil para acompanhar o caso. Bernie permaneceu na Inglaterra com sua mulher, Fernanda.