Brasília - Em duas operações distintas, nesta quinta-feira, a Polícia Federal prendeu em São Paulo duas pessoas suspeitas de fazer apologia ao Estado Islâmico (EI) na internet. Na outra ação, a PF deteve em flagrante 15 pessoas por suposto envolvimento no armazenamento, produção e divulgação de pornografia infantil em redes privadas na web.
Válidas pela segunda fase da Operação Hashtag, que monitora adesões a grupos terroristas e tentativas de ataques, as duas prisões são temporárias. Outras duas pessoas foram alvo de condução coercitiva, ou seja, levadas para prestar depoimento, sendo liberadas em seguida no Estado de São Paulo. Além disso, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão — sendo um deles no Paraná.
Engoliu prova
A maioria das detenções da operação contra pedófilos — 13 delas — aconteceu em Brasília. Outras duas foram feitas em Goiás. Ao todo, foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão. Um dos coordenadores da operação, o delegado Estênio Souza, afirmou que os envolvidos foram identificados a partir de monitoramento na internet. “Dentre as imagens que observamos, temos bebês sendo violentados em vídeo”, acrescentou.
Um dos presos, ao ver os policiais, engoliu um pen-drive com arquivos suspeitos. Segundo a Polícia Federal, o número de envolvidos pode aumentar, uma vez que as investigações continuam também na Deep Web, conteúdos na internet não acessíveis por sites de busca.