Por rodrigo.sampaio

Brasília - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, afirmou que vai ainda nesta quinta-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir o levantamento do sigilo da delação do proprietário da J&F, controladora da JBS, Joesley Batista, no qual ele teria relatado que o presidente Michel Temer teria dado aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Lamachia, que estava em Alagoas, está neste momento retornando a Brasília.

Presidente da OAB vai ao STF pedir sigilo das delações nesta quintaDivulgação

"O levantamento do sigilo é fundamental no primeiro momento para comprovar a veracidade desses fatos. Se comprovado, chamo sessão extraordinária para avaliarmos quais seriam as medidas jurídicas cabíveis a serem tomadas pelo conselho. O ponto de partida de tudo isso é a confirmação dos fatos no levantamento do sigilo", disse em entrevista na manhã desta quinta-feira à Rádio Eldorado.

O presidente da OAB disse que nessas situações defende a publicidade dos processos, até porque dá a chance aos acusados de produzirem defesa. "Em outros casos, em que atrapalharia a investigação, a publicidade não se aplicaria."

Lamachia ainda comentou a decisão do STF de afastar o senador Aécio Neves (PSDB/MG) e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR), também citados na delação de Batista. "Age muito bem o STF. Não ha outra opção que não seja essa. Se temos confirmação de que STF determinou o afastamento de parlamentares, temos a comprovação do que foi divulgado pela mídia."

Líder do Governo no Senado exige que as gravações sejam divulgadas

O líder do governo no Senado, assim como os ministros do chamado "núcleo duro" do Planalto, gravou um vídeo para defender o presidente Michel Temer, dizer que o governo exige que as delações de Joesley Batista sejam tornadas públicas e reforçar a estratégia e o discurso do presidente Michel Temer de que o País não pode parar.

"Mais uma vez o Brasil vive um momento em que é preciso ter muita responsabilidade e tranquilidade. Essas acusações que surgiram na imprensa precisam ser investigadas a fundo, por isso exigimos que imediatamente seja tornada publica, não só a delação, mas também as gravações que dizem existir acerca do presidente Michel Temer", diz Jucá na gravação.

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