Brasília - O advogado do presidente Michel Temer, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, afirmou, nesta segunda-feira, que entrou com um novo pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o inquérito que investiga o peemedebista por corrupção passiva, obstrução de justiça e organização criminosa não seja suspenso.
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No sábado, ele havia pedido que a investigação pare até a conclusão de uma perícia no áudio da conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS.
Mais cedo, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, informou aos demais ministros que o pedido da defesa do presidente Michel Temer para suspender o inquérito contra o peemedebista seria pautado para julgamento apenas após a conclusão da perícia nos áudios gravados pelos empresários da JBS.
De acordo com o despacho do ministro Edson Fachin, no qual autorizou a Polícia Federal a periciar os quatro áudios gravados pelo delator Joesley Batista, a defesa do presidente Temer e a Procuradoria-Geral da República terão um prazo de 24h para se manifestarem após terem acesso ao resultado da análise do material.
Como o equipamento de gravação de áudio está sendo transportado dos Estados Unidos para o Brasil, e ainda há um prazo de 24 horas para as manifestações, isso significa que o julgamento em plenário sobre o caso, que inicialmente poderia acontecer na próxima quarta-feira, 24, poderá ser adiado.