São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito João Doria (PSDB) tiveram de interromper um ato de lançamento da ampliação do programa habitacional "PPP da Habitação" na região da Luz, na capital paulista.
Enquanto Alckmin e Doria faziam pronunciamentos, manifestantes que estavam no local começaram a protestar, com gritos de "higienista, fascista" contra os tucanos. Os manifestantes acusavam as gestões do Estado e da Prefeitura de expulsar moradores da região durante as ações de combate ao tráfico que ocorrem na Cracolândia desde o último domingo.
Durante o rápido discurso, Doria disse que "não é com grito que nós resolvemos a democracia". Alckmin não falou nada sobre o protesto, apenas fez uma fala destacando o programa e dizendo que já há famílias interessadas nas unidades que o Estado vai construir em parceria com a iniciativa privada em terrenos doados pelo município.
Uma coletiva de imprensa chegou a ser anunciada, mas foi cancelada por Doria e transferida para a sede da Prefeitura. Secretários e militantes tucanos tentaram competir com os protestos puxando gritos de "Geraldo, Geraldo", a favor do governador.
O subsecretário de Comunicação do governo do Estado, Carlos Graieb, chegou a discutir com um manifestante. "Vocês estão defendendo traficante?", perguntou. "Estamos defendendo o cidadão", respondeu o manifestante. Os dois discutiram até que Graieb foi colocado dentro de um carro da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e deixou o local.
A demolição de um imóvel na Cracolândia nesta terça-feira, deixou três pessoas feridas. Uma escavadeira derrubou a parede do imóvel com ocupantes ainda no seu interior.