Por caio.belandi

Brasília - Um acordo realizado nesta quinta-feira entre os senadores da base governista e da oposição permitiu a definição de um novo calendário para a votação da reforma trabalhista na Casa. Havia a expectativa da leitura do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), mas a leitura foi marcada para a próxima quarta-feira.

Ficou acertado ainda que será concedido pedido de vista aos senadores, com a votação na CAS no dia 21 de junho. Em seguida, o projeto segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Romero Jucá (PMDB-RR) quer votação da Reforma Trabalhista no dia 28Jane de Araújo/Agência Senado - 24.5.16

O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), dará seu parecer e levará à votação no dia 28 de junho. No mesmo dia, Jucá acha que é possível que a matéria seja apreciada no plenário do Senado. “Nós teríamos o encerramento de votações em comissões no dia 28, podendo, aí, essa matéria ir a plenário no mesmo dia. Uma vez que a matéria estiver pronta o presidente pauta no dia que ele quiser”, disse Jucá.

Para a oposição, o acordo foi positivo porque significará mais tempo para que o assunto seja debatido. O senador Paulo Paim (PT-RS) acredita que cada semana a mais em que o projeto ficar em discussão, permitirá que a sociedade faça mais pressão no sentido contrário à reforma.

Oposição ficou satisfeita com tempo a mais para "pressionar" reprovação do texto, segundo Paulo Paim (PT-RS)Jefferson Rudy/Agência Senado

“Com certeza foi uma vitória importante para nós, porque a gente quer que a população conheça essa reforma. Durante esse período que teremos (oposição) de, no mínimo, mais uma semana para ler e mais uma semana para votar, vai permitir que nós façamos mais audiências públicas. Não apenas aqui na Comissão de Assuntos Sociais, mas em outras como a de Direitos Humanos”, disse.

Paulo Paim, no entanto, admite que a reforma será votada ainda no primeiro semestre, conforme a previsão do governo. Segundo ele, a oposição pretende brigar até o fim contra o projeto, mas “o voto é que vai apontar e decidir” se a reforma será aprovada e se a aprovação se dará sem alterações.

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