Brasília - Depois de ter registrado queixa contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), no dia 14 último, a jornalista Patrícia Lélis diz que tem sofrido ameaças e que pessoas ligadas ao partido do parlamentar a têm perseguido.
A confusão entre Patrícia, que já foi militante do PSC, e Bolsonaro, que, segundo ela, tiveram um relacionamento no passado — o que o deputado não confirma —, azedou após um post no Facebook do deputado no qual ele se refere a uma ex-namorada que “se declara feminista e é vista em balada LGBT acompanhada de médico cubano, usando uma roupa vulgar e, como se não bastasse, rebolando até o chão”.
Patrícia respondeu no Instagram a Eduardo Bolsonaro. “Não é você, com esses seus pensamentos machistas e retrógrados que vai me calar ou menosprezar”, em postagem que teve mais de 18 mil curtidas.
A partir daí, os problemas de Patrícia, segundo ela, aumentaram. “Em Brasília, eu já andava com seguranças, porém depois da postagem que ele fez no Facebook pessoal, recebi diversas ameaças. Pessoas ligadas ao partido iam aos locais que frequento. Tenho até provas”.
O ponto culminante teria sido uma mensagem do próprio Bolsonaro, segundo a jornalista.
Diante disso, conta Patrícia, ela decidiu ir à Delegacia de Atendimento à Mulher, em Brasília, e registrou queixa por injúria e ameaça. “Eu agi dentro da lei; levei as mensagens para a delegacia, onde a delegada averiguou o CPF dele”, conta.
Procurada, a assessoria do deputado disse que não tem como comentar “afirmações absurdas e insanas”