São Paulo - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira, que tem "as vias originais de todos os documentos já apresentados, além de outros 6 recibos de 2011" referentes à quitação do aluguel do imóvel vizinho ao apartamento de Lula em São Bernardo, visto por procuradores da Lava Jato como uma forma de propina da Odebrecht ao ex-presidente.
A força-tarefa da Operação Lava Jato abriu uma investigação por meio de incidente de falsidade sobre os recibos de aluguel apresentados anteriormente pelos advogados de Lula. Os procuradores afirmam que não houve pagamento de aluguel entre fevereiro de 2011 e pelo menos novembro de 2015, do imóvel .
Os advogados de defesa do ex-presidente alegam que o "contrato de locação firmado entre o Sr. Glaucos e D. Marisa e os recibos correspondentes foram apresentados em Juízo exatamente como formam encontrados, conforme declarações das pessoas que participaram das diligências, registradas em ata notarial".
Cristiano Zanin Martins, defensor de Lula, também diz que pediu a Moro "por cautela e se possível, que seja designada audiência formal para entrega desses documentos com a presença de perito ou de serventuário habilitado que possa constatar o estado do material nesse momento (ausência de rasuras, etc)".
Para a Procuradoria da República em Curitiba, a Odebrecht custeou a compra do apartamento, em nome de Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente. Na mesma ação, ele responde por também ter supostamente recebido da empreiteira terreno onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12,5 milhões.