Brasília - Cerca de 300 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) invadiram o prédio do Ministério do Planejamento, em Brasília, no início da manhã desta terça-feira, segundo a Polícia Militar. Já o MST diz que há em torno de mil trabalhadores no local. O grupo cortou o cadeado de uma porta por volta das 5 horas da manhã e ocupa, desde então, o saguão do edifício.
Eles pedem para ser recebidos pelo ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira. PMs cercam o local em apoio a equipes da Polícia Federal, responsável pela segurança nos prédios do governo. Os manifestantes impedem o acesso dos funcionários do ministério.
Em comunicado publicado no Facebook, o MST afirma que a mobilização denuncia o "desmonte da política de reforma agrária e cobra a restituição de seus orçamentos". A entidade informa que iniciou uma jornada, junto a outros movimentos do campo, para pressionar o governo federal a restabelecer verbas previstas para a política agrária.
O Ministério do Planejamento informou já ter tomado as medidas cabíveis e solicitou, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), liminar de reintegração de posse à Justiça. A portaria foi bloqueada pelos manifestantes, que cobram do governo verbas congeladas que seriam destinadas à reforma agrária, impedindo servidores de ingressarem no prédio.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, tem reuniões agendadas agora pela manhã com a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, mas os encontros ocorrerão na própria PGR e na Casa Civil.
Segundo o Planejamento, os funcionários que trabalham no prédio principal da pasta (Bloco K da Esplanada dos Ministérios, de onde o ministro despacha) não estão conseguindo entrar no edifício. No outro prédio do Planejamento, o Bloco C, já foi solicitado reforço policial para garantir as atividades.