Rio - A força-tarefa da Operação Lava Jato descobriu que contratos da Petrobras com a Odebrecht praticamente triplicaram de valor por meio de aditivos firmados por ex-gerentes de áreas estratégicas da estatal petrolífera com a empreiteira. "É o custo da corrupção", disse o procurador da República Roberson Pozzobon
Nesta sexta-feira, a Polícia Federal e a Procuradoria deflagraram 46ª fase da operação que, desta vez, não recebeu nenhum nome de batismo, quebrando uma tradição que vinha se mantendo desde março de 2014, quando a operação saiu às ruas pela primeira vez.
Quatro ex-gerentes da Petrobras são o alvo, acusados de receberem propinas de R$ 95 milhões, dos quais R$ 32 milhões no exterior, em contas na Suíça, na Inglaterra e nas Bahamas.
As propinas saíram de dois Contratos de Aliança assinados em de dezembro de 2008 e dezembro de 2009, com aditivos posteriores que aumentaram consideravalmente os valores. "Um caso que evidencia o custo da corrupção, na medida em que funcionários públicos deixam de agir em benefício da empresa (Petrobras) e passam a atuar pelo interesse da empreiteira (Odebrecht)", disse Pozzobon.