Por thiago.antunes

Brasília - Não é Luciano Huck quem quer ser candidatar a presidente do Brasil. É forçado por todo um establishment que passou a se movimentar em torno de seu nome há dois meses. São os órfãos de Aécio Neves. Todos aqueles – políticos, empresários, ‘aspones’, a emissora de TV e o grupo político do senador – que acreditavam na candidatura de Aécio e agora procuram um salvador para o projeto de poder que se esboçou.

Tanto que Armínio Fraga, o guru de Aécio, é um dos entusiastas de Huck. O apresentador de TV ficou cercado de ideias, e sem ter para onde escapar, diz que topa, mas sem previsão. Pode ser 2022, ou 2026, ou nunca – embora a turma insaciável o queira para 2018. Huck é nome potencial, mas hoje faz bem o que sabe fazer: encena. 

Mau humor

O presidente Michel Temer vai ficar. Mas sangrou. O placar na votação da denúncia será mais magro em relação à 1ª. Aponta o mau humor de Rodrigo Maia como culpado.

Não vai dar

Os maiores especialistas sobre energia e clima reunidos em Brasília cravaram: O Governo não vai atingir as metas para a COP 23, em Bonn, Alemanha. Vergonha.

Embalos de sábado

O senador Fernando Collor e o ex-governador José Roberto Arruda não se desgrudaram e foram todo sorrisos em festa de casamento de amigos brasilienses em Trancoso (BA).

Suplente Boiadeiro

Suplente do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o senador Cidinho Santos (PR-MT) é voz isolada no Senado na defesa veemente da polêmica portaria do Ministério do Trabalho que alterou as normas para definição de trabalho análogo à escravidão.

Insegurança

Com o patrimônio de R$ 6,5 milhões e dono de grandes extensões de terras e participações em agroindústrias, Cidinho Santos alega que “as regras anteriores permitiam um enquadramento muito amplo do que seria trabalho escravo e trazia ‘insegurança jurídica’ para os empregadores”.

Hein?!

Até hoje Rodrigo Maia é cobrado por aliados de Temer na Câmara por ter recebido, sem agenda oficial durante interinidade no cargo de presidente do Brasil, boa parte da bancada do PT e PCdoB no Palácio do Planalto na ausência do titular.

Sem festa

A policial militar mãe do garoto que matou dois em escola de Goiânia continua internada em estado de choque e sedada. Hoje é aniversário da cidade.

Fogo político

O Governo federal não esperava muito do governador Marconi Perillo, de Goiás, no combate ao incêndio no parque nacional da Chapada dos Veadeiros, um paraíso em chamas no coração do Brasil. Tanto que os aviões de combate ao fogo são de Brasília. E parte dos brigadistas também.

Lembrete

Marconi foi contra o aumento da reserva de 60 mil hectares para 240 mil hectares por decisão da União. Ele nem compareceu à cerimônia no Palácio do Planalto.

Memória curta

Os advogados de Sérgio Cabral se revoltaram com o juiz Marcelo Bretas, que mandou o ex-governador para um presídio federal por suposto acesso a informações privilegiadas a respeito da vida do juiz. Mas a defesa lembra que o próprio Bretas deu ampla e detalhada entrevista com informações sobre sua vida ao Estadão mês passado.

Assalto aéreo

Uma cidadã pagou porque podia. Mas chegou a R$ 3.500, ida e volta, um trecho Brasília-São Paulo-Brasília no fim de semana por causa dos shows do U2. A média de tarifa para o trecho é de R$ 500.

Carrinho cheio

Pequena amostra do reaquecimento da economia. No aniversário dos Supermercados Guanabara no Rio, nos últimos três dias, apareceram nas lojas 1,1 milhão de pessoas, 14% a mais que o período do ano passado.

Ponto Final

Está difícil turista sobreviver no Rio. Sobreviver! Para lembrar apenas três casos: o argentino espancado na porta da boate, o motoqueiro italiano baleado por traficantes nos Prazeres, e a espanhola baleada por PM na Rocinha.

Coluna de Leandro Mazzinni

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