Marcas dos protesto pela morte da vereadora Marielle Franco na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.  - Luciano Belford / Agência O Dia
Marcas dos protesto pela morte da vereadora Marielle Franco na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Luciano Belford / Agência O Dia
Por O Dia

Brasília - Líderes do PT na Câmara, os deputados Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damous (PT-RJ) protocolaram nesta segunda-feira uma representação na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão contra o deputado Alberto Fraga (DEM-DF). Os petistas pedem a apuração de prática de crime de calúnia contra o parlamentar por ter divulgado informações falsas sobre a vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), executada na semana passada na capital fluminense.

Na sexta-feira, Fraga publicou no Twitter um comentário onde apontou a suposta relação entre Marielle e uma organização criminosa. "Conheçam o novo mito da esquerda, Marielle Franco. Engravidou aos 16 anos, ex-esposa de Marcinho VP, usuária de maconha, defensora da facção rival e eleita pelo Comando Vermelho, exonerou recentemente seis funcionários, mas quem a matou foi a PM", escreveu. A postagem foi removida de seu perfil nesta domingo, após protestos dos internautas.

Os deputados afirmam na petição que não houve um pedido formal de desculpas de Fraga e pedem que o parlamentar seja obrigado a se retratar perante aos eleitores de Marielle. "O discurso do ódio no Brasil tem não apenas ferido a honra e a dignidade de pessoas e grupos sociais como produzido dor, sofrimento e levado à morte. Embora não seja um fenômeno recente na história é perceptível, infelizmente, o seu crescimento, notadamente estimulado pelo uso de instrumentos de comunicação de massa como as redes sociais", argumentam os petistas.

Paralelamente a ação dos líderes do PT, o Psol prepara uma representação contra Fraga no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. O pedido de punição a Fraga deve ser protocolado na quarta-feira. Amanhã, a bancada deve participar do ato ecumênico na Cinelândia, no Centro do Rio, alusivo ao sétimo dia da morte de Marielle. 

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