Dom José Ronaldo Ribeiro - Divulgação
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Goiás - Acusados de desviar o dízimo dos fiéis, entre outros crimes, o bispo de Formosa (GO), José Ronaldo Ribeiro, o vigário-geral (segundo cargo na hierarquia de uma diocese), um monsenhor e mais quatro padres foram presos ontem de manhã em operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Eles são suspeitos de terem desviado cerca de R$ 2 milhões, entre os anos de 2016 e 2017, da diocese local da Igreja Católica e de algumas paróquias em cidades vizinhas.

Ao cumprirem mandados de busca e apreensão, policiais civis encontraram R$ 70 mil e dólares em dinheiro vivo sob o fundo falso do guarda-roupa do vigário-geral.

Os presos vão responder pelos crimes de associação criminosa, apropriação indébita e falsidade ideológica. As prisões são parte da Operação Caifás, que cumpriu 13 mandados de prisão e dez de busca e apreensão nos municípios de Formosa, Posse e Planaltina, todos em Goiás.

Além do dízimo, o grupo, que agia desde 2015, se apropriava, segundo o MP-GO, de dinheiro de doações, arrecadações de festas e taxas de batismos e casamentos.

As investigações se iniciaram após o Ministério Público ter recebido denúncias de fiéis, depois que as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, passaram de R$ 5 mil para R$ 35 mil após Dom José Ronaldo assumir o posto.

O bispo nunca explicou onde foram aplicados os recursos das três últimas grandes festas da catedral. A diocese na época contestou que as despesas das 33 paróquias totalizavam cerca de R$ 12 milhões por ano, mas a arrecadação era de R$ 16 milhões. Os fiéis criaram o movimento 'Janeiro em Branco', parando de recolher o dízimo até que o bispo prestasse contas.

O dinheiro roubado foi utilizado para comprar uma fazenda de gado e uma loteria, em Posse (GO), utilizando o nome de 'laranjas'.

 

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