Paraná - A Justiça começa a ouvir nesta segunda-feira as testemunhas de acusação do caso Daniel. O jogador de 24 anos foi morto no dia 27 de outubro após a festa de uma amiga. Seu corpo foi encontrado em uma área de mata em São José dos Pinhais, no Paraná. O empresário Edison Brittes é autor confesso do crime. Além dele, seis pessoas são réus na ação. Daniel Correa Freitas teve o pênis decepado e foi parcialmente degolado.
A ação que investiga o assassinato do jogador corre na 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Os primeiros a serem ouvidos devem ser as testemunhas de acusação. Em seguida, as de defesa. Por fim, serão realizados os interrogatórios dos réus e as alegações finais, com a apresentação dos argumentos finais das partes envolvidas.
Por fim, a juíza Luciani Martins de Paula decide se os réus vão a júri popular.
Nesta segunda-feira, devem ser ouvidas 10 testemunhas de acusação, segundo o portal G1. Entre elas, a mãe do jogador, Eliana Aparecida Correa Freiras, a tia, Iolanda Regina Correa de Assis e a ex-companheira dele, Bruna Larissa Ferreira Martins.
Os réus
O Ministério Público do Paraná denunciou sete pessoas envolvidas na morte do jogador. Entre elas, Evellyn Brisola Perusso, 19 anos, que ficou com Daniel na noite anterior ao crime. Ela apontou Eduardo Purkote como participante do crime, mas ele foi inocentado ao longo da investigação. O crime ocorreu após o jogador participar da festa de aniversário de Alana Brittes, que continuou na casa da jovem. Ela, o pai, autor confesso do crime, e a mãe, Cristiana Brittes, foram denunciados.
Ao confessar o crime, o empresário Edison Brittes Júnior alegou que o jogador tentou estuprar Cristiana Brittes, esposa do empresário. Contudo, o delegado Amadeu Trevisan já afirmou que não houve tentativa de estupro. O MP também disse que não houve tentativa de estupro.
Completam o número de réus três jovens que estavam no carro usado para levar o jogador até o local da execução. Eles foram denunciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor e fraude processual. Os jovens em questão são Eduardo da Silva, primo de Cristiana Brittes, Ygor King e David Willian da Silva.
Os envolvidos, com diferentes participações, foram denunciados por sete crimes: homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), ocultação de cadáver, fraude processual, coação no curso do processo, denunciação caluniosa, falso testemunho e corrupção de menor.