Brasília - O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, justificou nesta quarta-feira a inclusão da reestruturação da carreira dos militares, que custará R$ 86,85 bilhões em dez anos, dizendo que alguns integrantes das Forças Armadas acabariam ganhando menos que o salário mínimo após o aumento nas alíquotas de contribuição da categoria.
Marinho respondeu apenas a uma pergunta e deixou a entrevista coletiva sem esclarecer se a medida deve atrapalhar as articulações com o Congresso Nacional.
Segundo o secretário, as Forças Armadas receberam tratamento especial assim como outras carreiras na PEC da Previdência, como professores, trabalhadores rurais e policiais. "Desde o início dizemos que é dever de Justiça tratar os desiguais de forma desigual", afirmou.
Marinho buscou destacar que, desde 20 de fevereiro, quando previu uma economia de R$ 92,3 bilhões com a reforma nas aposentadorias dos militares em dez anos, a equipe econômica conseguiu elevar esse valor no processo de negociação com o Ministério da Defesa. Essa economia passou a R$ 97,3 bilhões.
Os integrantes do governo têm destacado para a necessidade de avaliar os impactos "separadamente". "O projeto representa a média do sentimento do governo e respeita a especificidade da carreira", afirmou.