Rio - O presidente Jair Bolsonaro anunciou em sua conta do Twitter o novo ministro da Educação, o economista Abraham Weintraub. Ele havia sinalizado na sexta-feira, em café da manhã com jornalistas, que iria decidir se exonerava Ricardo Vélez Rodrigues do cargo na última sexta-feira. Ele agradeceu ao professor colombiano pelos serviços prestados.
"Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados", escreveu.
O ministro enfrenta sucessivas crises desde o início do governo e viu um aumento do desgaste nas últimas semanas com uma série de demissões. Na última quinta, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, exonerou Bruno Garschagen do cargo de assessor especial do ministro da Eduação e a sua chefe de gabinete, Josie Pereira.
Para o cargo de chefe de gabinete do ministro foi nomeado o militar Marcos de Araújo, ex-subcomandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal e professor da Academia dos Bombeiros de Brasília.
Abraham Weintraub
Bolsonaro conheceu os irmãos Abraham e Arthur Weintraub, professores universitários paulistas, pelo ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni. Os dois foram seus assessores técnicos, quando Bolsonaro era deputado federal e colaboradores na campanha das eleições. Durante o governo de transição, ficaram responsáveis pelo tema da Previdência. Os dois conheceram Onyx em um seminário internacional sobre Previdência, realizado no Congresso em março de 2017.
Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo em 2018, Abraham disse que tem a Bíblia como referência. "Esquerda ou direita, acho que é uma rotulação pobre. Somos humanistas, democratas, liberais, lemos a Bíblia (Velho e Novo Testamento) e a temos como referência", afirmou ao jornal.
Abraham é economista pela USP e professor da Universidade Federal de São Paulo (unifesp). Ele trabalhou por 18 no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor. Demitido, seguiu para a Quest Corretora e, logo depois, deixou a iniciativa privada. Ele especializou-se em Previdência, tema de seu mestrado e doutorado e de seus 14 livros já publicados.