Hacker que extorquiu padre Robson vivia romance com o pároco, apontam documentos
Padre afirma que tinha receio de prejudicar a própria imagem e a de sua associação religiosa caso os conteúdos encontrados pelo hacker fossem divulgados
Padre Robson de Oliveira Pereira
Reprodução / Instagram
Robson ficou famoso por celebrar missas na TV e por ser líder da Basílica do Pai Eterno, em Trindade
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Padre Robson
Afipe/Divulgação
Imóvel do padre Robson, onde mandado de busca e apreensão foi cumprido, tinha piscina aquecida
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De acordo com o juiz Ricardo Prata, o hacker que mantinha um romance com o padre Robson seria Welton Ferreira Nunes Júnior. Ele e mais quatro envolvidos na invasão dos celulares e dos e-mails do padre foram condenados.
"Observa-se que os acusados foram responsáveis por transmitir as ameaças à pessoa da vítima [Robson], por meio de mensagens em aplicativos e e-mails. Nessas, disseram os acusados que a vítima possuiria relacionamento amoroso com diversas pessoas, inclusive com o próprio Welton", revela documento referente à investigação do caso. Os chantagistas teriam intimidado padre Robson, fazendo com que ele efetuasse pagamentos para que os conteúdos encontrados não fossem divulgados para a imprensa ou para o Vaticano.
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Um desses valores levantou suspeitas por parte do Ministério Público e foi a partir desse ponto que começaram as investigações dos gastos da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade presidida pelo padre.
Ao todo, em troca do arquivamento das mídias, padre Robson pagou R$ 2,9 milhões para os chantagistas com dinheiro da Afipe. O pároco afirma que ele tinha receio de prejudicar a própria imagem e a Afipe caso os conteúdos encontrados pelo hacker fossem divulgados.
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Além disso, os promotores apuram se R$ 120 milhões doados por fiéis à Afipe foram utilizados por padre Robson para comprar uma casa na praia, fazendas e outros itens.