Um policial civil acusado de receber propina do PCC (Primeiro Comando da Capital) teve a prisão decretada na última quinta-feira (17). Ele é suspeito de alertar a facção sobre operações policiais contra a organização criminosa. As informações foram dadas pelo colunista Josmar Jozino, do UOL.
A Justiça aceitou a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) contra o policial civil, que tem 49 anos e é de Taboão da Serra (SP), e também contra outras quatorze pessoas investigadas pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação e corrupções ativa e passiva.
Dos quinze acusados, doze são advogados e oito estão presos. Eles integram a célula jurídica nacional do PCC e foram contratados para atuar de acordo com os interesses dos líderes da facção criminosa que estão em presídios.
O MPE aponta que o policial civil “estabeleceu relação promíscua com o PCC, desde agosto do ano passado, quando começou a passar à facção informações sobre diligências policiais, frustrando assim o resultado das operações”.
De acordo com as investigações, o policial civil se comunicava com uma advogada acusada de contratar outros defensores para compor a célula jurídica do PCC. A mulher também foi presa.
A propina era paga ao policial civil por meio da coordenadoria nacional do braço jurídico da facção. Os advogados também eram pagos e recebiam, mensalmente, valores entre R$ 6 mil e R$ 8 mil.
O processo contra o policial civil de Taboão da Serra e as outras 14 pessoas denunciadas pelo MPE está sob segredo de justiça e, por isso, os nomes dos réus não foram divulgados.