Estão previstas 545,5 milhões de doses de imunizantes de diversos laboratórios até o mês de dezembro de 2021, considerando que não haja novas alterações
Estão previstas 545,5 milhões de doses de imunizantes de diversos laboratórios até o mês de dezembro de 2021, considerando que não haja novas alteraçõesDivulgação
Por Lucas Mathias
Um dos últimos atos do general Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde foi a compra das vacinas da Pfizer e da Janssen, agora incluídas oficialmente no cronograma de vacinação do governo federal. Estão previstas, portanto, 545,5 milhões de doses de imunizantes de diversos laboratórios até o mês de dezembro de 2021, considerando que não haja novas alterações. Durante coletiva nesta segunda-feira (15), Pazuello afirmou que “o cronograma previsto é para ser alterado”, citando possíveis atrasos na entrega ou dificuldade de aprovação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O governo federal pagou R$ 2,1 bilhões para 38 milhões de doses da vacina da Janssen, que é aplicada somente uma vez. Já para 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, foram pagos R$ 5,6 bilhões - esta vacina é aplicada em duas doses, assim como está sendo feito no Brasil com a CoronaVac e a vacina de AstraZeneca/Oxford no momento.
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É importante lembrar que todas as vacinas, para serem aplicadas, precisam receber autorização da Anvisa, seja em definitivo ou para uso emergencial. Apesar de a vacina da Janssen ainda não ter autorização para uso emergencial no Brasil, já recebeu um certificado da Anvisa de selo de boas práticas na fabricação e as tratativas devem avançar em breve. A Pfizer, por outro lado, já conta com liberação da agência para uso em definitivo.
Além dessas, as vacinas CoronaVac e de Oxford também já possuem registro e, por isso, já estão sendo aplicadas. Os imunizantes Covaxin e Sputnik V ainda não contam com liberação da Anvisa, apesar de já terem fechado contrato com o Ministério da Saúde. Quanto aos imunizantes do consórcio Covax Facility, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para facilitar o acesso justo e igualitário às vacinas, não será necessário registro e autorização da Anvisa, como decidiu a própria agência. 
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Para facilitar o entendimento, O DIA preparou uma lista com o cronograma do Ministério da Saúde para recebimento de doses dos laboratórios ou farmacêuticas com quem já foi firmado contrato. É importante ressaltar que tanto as datas quanto o número de doses estão sujeitos a atrasos ou alterações, conforme declaração de Pazuello. Confira:
Março - 38 milhões de doses

Oxford - 3,8 milhões
CoronaVac - 23,3 milhões
Covax - 2,9 milhões
Covaxin - 8 milhões

Abril - 57,1 milhões

Oxford - 32 milhões
CoronaVac - 15,7 milhões
Covaxin - 8 milhões
Sputnik V - 400 mil
Pfizer - 1 milhão

Maio - 47,6 milhões

Oxford - 27 milhões
CoronaVac - 6 milhões
Covax -6,1 milhões
Covaxin - 4 milhões
Sputnik V - 2 milhões
Pfizer - 2,5 milhões

Junho - 50,6 milhões

Oxford - 27 milhões
CoronaVac - 6 milhões
Sputnik V - 7,6 milhões
Pfizer - 10 milhões

Julho - 42,1 milhões

Oxford -18,6 milhões
CoronaVac - 13,5 milhões
Pfizer - 10 milhões

Agosto - 82,4 milhões

Oxford - 22 milhões
CoronaVac - 13,5 milhões
Pfizer - 30 milhões
Janssen - 16,9 milhões

Setembro - 77,3 milhões

Oxford - 22 milhões
CoronaVac - 8,8 milhões
Pfizer - 46,5 milhões

Outubro - 32 milhões

Oxford - 22 milhões
CoronaVac - 10 milhões

Novembro - 53,1 milhões

Oxford - 22 milhões
CoronaVac - 10 milhões
Janssen - 21,1 milhões

Dezembro - 65,3 milhões

Oxford - 22 milhões
CoronaVac - 10 milhões
Covax - 33,3 milhões