O líder indígena, Almir Suruí
O líder indígena, Almir SuruíDivulgação Metareilá/Povo Paiter-Surui
Por O Dia
Rio - Mais um líder indígena foi intimado pela Polícia Federal para depor, após pedido da Fundação Nacional do Índio (Funai). Desta vez, Almir Suruí vai precisar prestar contas em um inquérito que investiga uma suposta propagação de informações falsas contra o governo. Ao G1, Almir confirmou a intimação e acrescentou: "Isso não é difamação, esse inquérito é uma ameaça do governo, mas sei que vamos enfrentar". Anteriormente, a líder indígena Sonia Guajajara também foi convocada para prestar depoimento. 
A investigação atua sobre uma suposta notícia crime de difamação, que teria sido praticada contra a Funai, por integrantes da associação Metareilá do povo indígena Suruí, representada por Almir. Em uma rede social, Sonia guajajara se pronunciou sobre o assunto: "A perseguição desse governo é inaceitável e absurda! Eles não nos calarão!".
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A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), liderada por Sonia, disse, em nota, que a intimação é uma "nítida tentativa de cercear nossa liberdade de expressão".
"O governo busca intimidar os povos indígenas em uma nítida tentativa de cercear nossa liberdade de expressão, que é a ferramenta mais importante para denunciar as violações de direitos humanos. Atualmente, mais da metade dos povos indígenas foram diretamente atingidos pela Covid-19, com mais de 53 mil casos confirmados e 1.059 mortos", diz o comunicado. 
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