Luiz Henrique Mandetta (ao fundo) e Jair Bolsonaro: troca de farpas
Luiz Henrique Mandetta (ao fundo) e Jair Bolsonaro: troca de farpas Isac Nóbrega/PR
Por ESTADÃO CONTEÚDO
No dia em que o ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta fez declarações à CPI da Covid que comprometem o governo federal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não dedicou muito tempo ao ex-aliado durante o encontro diário entre o presidente e apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. "Mandetta é aquele do fique em casa e continue sem ar", afirmou Bolsonaro.
A declaração é uma referência às orientações da pasta sob a gestão Mandetta para que pessoas acometidas pela covid-19 procurassem atendimento médico somente em caso de sintomas graves. À época, a medida foi defendida por especialistas como forma de proteger o sistema público de saúde do colapso.
Publicidade
Segundo o ex-ministro Mandetta à comissão de inquérito hoje, o Planalto cogitou um decreto para incluir a covid entre as indicações para uso em remédio que não tem comprovação de eficácia contra a doença. Mandetta também relatou ter alertado Bolsonaro - em carta que foi ignorada - sobre a possibilidade de colapso na saúde e falta de apoio às ações do Ministério. Por último, fez críticas à atuação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao apoio da pasta às medidas de prevenção contra a covid-19.
Viagens
Publicidade
A apoiadores, sem dar muitos detalhes, Bolsonaro disse que amanhã, dia 5,  estará no Rio de Janeiro e na sexta, dia 7, em Rondônia.