Deputado licenciado Márcio Jerry
Deputado licenciado Márcio JerryDIVULGAÇÃO
Por O Dia
O presidente do diretório estadual do PCdoB no Maranhão, o deputado federal licenciado Márcio Jerry,  pretende enviar uma representação à Procuradoria Regional Eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele vai pedir a abertura de uma investigação por uso de dinheiro público para promover campanha antecipada à reeleição em 2022 e ataques a adversários durante sua visita ao Maranhão.
"Representarei contra Bolsonaro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e à Procuradoria Regional Eleitoral uma representação por propaganda eleitoral antecipada e com utilização ilegal de um evento público, portanto utilizando recursos públicos. O que se viu hoje foi Bolsonaro fazendo campanha eleitoral antecipada aqui no Maranhão, usando dinheiro público. Reitero que vamos fazer representação ao Ministério Público", afirmou ele.
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Segundo Jerry, Bolsonaro promoveu um comício fora de época nesta sexta-feira e que foi "bancado ilegalmente com recursos públicos". "Bolsonaro fez hoje em Açailândia nova propaganda eleitoral negativa antecipada. Usando dinheiro público para campanha eleitoral antecipada, o que é absolutamente ilegal. Bolsonaro demonstra ter verdadeira obsessão pelo governador Flávio Dino. Nada faz e tem raiva de Flávio Dino por este fazer tanto pelo Maranhão. Ele mais uma vez revelou o covarde que é ao disparar ataques sem citar os nomes", afirmou.
Jerry pediu licença da cadeira na Câmara dos Deputados para assumir o comando da Secretaria das Cidades e do Desenvolvimento Urbano no governo Flávio Dino (PCdoB), uma das principais lideranças de oposição a Bolsonaro.
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No evento, Bolsonaro afirmou suas posições contrárias ao comunismo. "O comunismo não deu certo em lugar nenhum do mundo e não é no Brasil que vai dar certo. Quando se fala em partido comunista, vocês têm que ter aversão a isso e mostrar onde esse regime foi implementado e o que sobrou para o povo. Sobrou a igualdade, mas igualdade na miséria, na desesperança, na fome, na tristeza. Tudo que não presta simboliza ao comunista", afirmou ele.
Em seguida, o presidente afirmou que o Maranhão será "libertado da praga do comunismo". A fala seria um posicionamento direto ao chefe do Executivo do estado que é filiado ao Partido Comunista do Brasil.
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"Dizer a todos do Maranhão que perderam seus empregos, não foi obra do governo federal. Quem fechou o comércio, obrigou vocês a ficarem em casa e destruíram milhares de empregos foi o governador do seu estado. As medidas adotadas pelo governador não tem comprovação científica, que ele pode oprimir o povo, que ele pode escravizar o povo, defender é 'a ponta da praia'. O governador não quer saber da vida de vocês", esbravejou o presidente.
O presidente continua com ataques ao governador do estado do Maranhão, crítico do governo federal. "Lá na Coreia do Sul (sic) é uma ditadura e o ditador não é um gordinho? Na Venezuela também é uma ditadura e não é gordinho o ditador? E quem é o gordinho ditador aqui no Maranhão?", afirmou o presidente em meio a gritos de apoiadores.
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No discurso, o presidente confundiu a Coreia do Norte, regime comandado por Kim Jong-un, com a Coreia do Sul. Ele chegou a ser corrigido pelo presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, mas não ouviu o alerta.
Nas redes sociais, Dino rebateu Bolsonaro, afirmando que não tem tempo para "para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público". 
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"Bolsonaro anda preocupado com o meu peso, algo bem estranho e dispensável. Tenho ótima saúde física e mental. E estou ocupado com vacinas, pessoas doentes, medidas sociais, coisas sérias. Trabalho muito. Não tenho tempo para molecagens, cercadinhos e passeios com dinheiro público", escreveu Flávio.