Luiz Molição, um dos investigados, chegou a ser preso na Operação Spoofing
Luiz Molição, um dos investigados, chegou a ser preso na Operação SpoofingReprodução GloboNews
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - Investigados sob suspeita de participação no ataque hacker a celulares de autoridades, incluindo procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato, Gustavo Elias Santos e Luiz Henrique Molição prestaram novos depoimentos nesta sexta-feira, 21, nas investigações da Operação Spoofing, que apura o crime cibernético.
Eles foram ouvidos por videoconferência pelo juiz Ricardo Leite, da 10.ª Vara Federal de Brasília. Ambos chegaram a ser presos durante as investigações, mas foram liberados após a homologação de acordos de colaboração com a Justiça Federal. Enquanto Santos nega ter participado das invasões dos celulares, Molição se comprometeu a trazer revelações sobre o hackeamento das autoridades por meio das contas do aplicativo de comunicação Telegram.
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"Não tenho participação, nem parte, nem culpa do que aconteceu. Se foi usado no meu perfil, na minha conta, não fui eu. E é uma lógica, se eu tivesse descoberto essa técnica, eu teria utilizado mais vezes, porque o meu login estava ativo até o dia da minha prisão", afirmou Santos, que era DJ e produtor de eventos antes de ser preso.
Molição, que era estudante de Direito, deu sua versão de como Walter Delgatti Neto, conhecido Vermelho, teria invadido os aparelhos. "Todas as contas que eu tive acesso, já haviam sido hackeadas, e ele só me passava o material obtido ou o acesso", afirmou.