Marcelo Queiroga durante seu primeiro depoimento na CPIJefferson Rudy/Agência Senado
"Até bem pouco tempo, os estados estavam fechados. Com a abertura, há uma tendência de novos casos e aumento de óbitos. Outro ponto é a estação climática que vivemos, com tendência maior de circulação do vírus. Para mim, ainda não está caracterizada a terceira onda. Estamos ainda na segunda onda em um platô elevado de casos. A minha esperança para conter isso é a vacina", declarou.
"Pra mim, ainda não está caracterizada uma terceira onda", diz o ministro da Saúde ao ser questionado sobre posicionamento do ministério.
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"O Ministério da Saúde, ao longo do tempo, tem perdido quadros. Nós não temos médicos infectologistas. Temos a doutora Carolina, mas ela é servidora da CGU, não está ali naquela função. O que temos são médicos consultores, que nos apoiam", afirmou Queiroga. Em resposta, Calheiros disse que a informação era de grande gravidade. "Pois é", concordou o ministro.
A médica Luana Araújo, em seu depoimento à CPI da Covid na semana passada, já havia afirmado que, se tivesse sido efetivada, seria a única infectologista do ministério da Saúde. Luana ficou apenas dez dias na pasta e não chegou a ser nomeada.
"Nós não temos no Ministério da Saúde infectologistas", diz Marcelo Queiroga à CPI da Covid.
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Marcelo Queiroga foi questionado também sobre posturas e posicionamentos de Jair Bolsonaro (sem partido) na pandemia. Ele disse que não é responsável por isso e que já conversou com o presidente sobre o tema, não tendo efeito.
"Eu sou ministro da Saúde, não sou censor do presidente da República", afirmou Queiroga. O senador Renan Calheiros havia questionado se o ministro já havia orientado Bolsonaro sobre a necessidade de usar máscara de proteção contra a Covid-19 e fazer distanciamento social. "Já conversei com o presidente sobre esse assunto e, quando ele está comigo, ele usa máscara na grande maioria das vezes." Queiroga ainda disse que não iria fazer "juízo de valor" sobre as posturas pessoais e individuais do presidente.
"Eu não sou censor do presidente da república", afirma o ministro da saúde à CPI da Covid ao ser questionado sobre comportamento de Bolsonaro.
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