O Serial Killer Lázaro Barbosa Sousa, de 33 anosDivulgação

Por O Dia
A procura pelo baiano Lázaro Barbosa Sousa, de 33 anos, mobiliza a polícia do Distrito Federal. Com seis dias de perseguição, foram mobilizados um total de 200 policiais após o serial killer ter matado uma família em Ceilândia na ultima quarta-feira (9). Na ocasião, o suspeito invadiu uma casa e matou Cláudio Vidal, de 48 anos, e os seus dois filhos, Gustavo Marques Vidal, de 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, de 15.
Após o triplo homicídio, Lázaro fugiu levando como refém, a empresária Cleonice Marques, de 43 anos. A mulher conseguiu ligar para o irmão, que quando chegou à casa percebeu os corpos das três vítimas no chão. Mas tanto o serial Killer quanto Cleonice já haviam fugido.
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No último sábado (12) Cleonice foi encontrada morta em um córrego próximo a Sol Nascente, também no Distrito Federal. O cadáver estava sem roupa e com vários cortes.
Os crimes de Lázaro Barbosa
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Lázaro Barbosa, que é conhecido por ter grande capacidade de sobreviver na mata e pela sua habilidade de fugir das autoridades, logo após a morte da família, começou a fugir da polícia. Na manhã do dia 10 de junho, ele teria invadido uma casa a cerca de 3 quilômetros do local onde o triplo homicídio foi cometido.
Lá o suspeito teria feito como reféns a proprietária da chácara, Sílvia Campos, de 40 anos, e o caseiro, identificado como Anderson, de 18 anos Ambos teriam ficado na mira de seu revólver por três horas. No local, ele teria obrigado os dois a fumarem maconha. Antes de fugir, ele roubou R$ 200, uma jaqueta, celulares e carregador.
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Já na cidade de Ceilândia, Lázaro fez mais um refém e roubou um Fiat Pálio. Com o carro, ele se dirigiu a Cocalzinho, em Goiás, onde abandonou e incendiou o veículo.
As investigações apontam que lá se encontrou com um comparsa que o ofereceu suporte.
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No sábado (12) ele teria passado a tarde bebendo em uma chácara próxima à Lagoa Samuel, onde o suspeito fez o caseiro refém. O serial killer também o obrigou a fumar maconha. Antes de fugir novamente, Lázaro também destruiu o carro do refém.
Após deixar essa casa, Lázaro foi para outra chácara e baleou mais três homens e roubou duas armas de fogo. Uma das vítimas era Thiago, que em entrevista ao Correio Braziliense deu mais detalhes de como o crime ocorreu.
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"Estávamos conversando, quando ele chegou invadindo, por volta das 19h, e atirando. Meus dois amigos ficaram muito feridos e eu fui baleado na perna", contou ele enquanto saia do hospital com um ferimento na perna.
Os outros dois homens foram socorridos pelo Samu e transferidos para Anápolis (GO), em estado grave.
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"Estou bem, mas vou passar no Hospital de Anápolis para ver meus amigos", disse ao Correio Braziliense. Thiago deu algumas características do suspeito. "Ele é alto, magro, moreno, estava de barba e vestindo bermuda", completou.
No final daquela noite, a polícia o encontrou e por pouco não o prendeu. Após uma  troca de tiros, o suspeito conseguiu escapar enquanto ateava fogo a uma casa no distrito de Cocalzinho, interior de Goiás.
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Ainda em Cocalzinho, na tarde deste domingo (13), o foragido furtou um Corsa vermelho e o abandonou, após avistar um ponto de bloqueio montado pela polícia. No interior do automóvel, foi encontrado um carregador de munições.
A polícia fez uma intensa busca pela mata, com a utilização de cães farejadores, drones e helicópteros. Já na manhã desta segunda-feira (14), a Polícia Civil do Distrito Federal informou que as diligências continuam, porém, até o momento, sem novas atualizações quanto a prisões, apreensões, declarações e oitivas.
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As características de Lázaro
Lázaro já é conhecido pela polícia. Em 2013, quando respondia um processo por roubo, porte de arma de fogo e estupro, um laudo criminológico apontou que o maníaco tem características de personalidade como "agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade, instabilidade emocional, possibilidade de ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia".
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O laudo criminológico ainda indicava que Lázaro "tinha consciência de sua atitudes" e que, apesar de "assumi-las e perceber o sofrimento causado em terceiros (passos importantes no processo de ressocialização), percebe-se que todos os crimes cometidos estão diretamente relacionados a dependência química, fato do qual o periciando não tem autocontrole, haja vista uso abusivo de bebida alcoólica antes de sua reclusão e vício no crack após a prisão."
A conclusão dos três psicólogos que assinam o laudo foi que antes de conceder qualquer benefício, "com o objetivo de promover um retorno saudável do indivíduo ao convívio social, tanto para si quanto para a coletividade" seria necessário o acompanhamento psicológico de Lázaro, "de forma regular e frequente".
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Além disso, o grupo indicou que Lázaro fosse incluído em grupos de ajuda "tanto para dependentes químicos quanto para abusadores sexuais".
O documento ainda destaca que Lázaro teve o desenvolvimento psicossocial prejudicado por agressão familiar, uso abusivo de álcool e outras drogas, falecimento de familiar, abandono de atividades escolares, trabalho infantil e situação financeira precária.
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Lázaro Barbosa é natural de Barra do Mendes, no interior da Bahia. Lá, ele teria cometido ao menos dois homicídios. A Justiça da Bahia já expediu contra ele um mandado de prisão por conta do homicídio qualificado, além de outros dois por roubo qualificado.